Marília está há mais de um mês sem registrar chuvas significativas e, desde o começo do ano, acumula precipitações abaixo da média climatológica. As consequências negativas são várias e um dos fatores responsáveis pode ser o efeito de La Niña.
A análise é da meteorologista Zildene Pedrosa de Oliveira Emídio, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, em entrevista concedida para o Marília Notícia.
O fenômeno La Niña envolve o resfriamento atípico da temperatura da superfície do mar, que provoca outras consequências climáticas – como a que Marília vive no momento.
De acordo com Zildene, os modelos climatológicos apontam nesta quarta-feira (19) que uma frente fria se aproxima do Estado e existe a possibilidade de chuva no próximo fim de semana, mas o volume não deve ser tão significativo.
Represa do Norte, sistema auxiliar à Cascata, está com terra craquelada (Foto: Divulgação/Fernando Garcia)
“Menos chuva significa menos umidade relativa do ar, mais queimadas, mais poluição, mais problemas respiratórios”, afirma a meteorologista sobre os possíveis efeitos a serem sentidos.
Em maio ainda não choveu de forma significativa em Marília. A última vez que isso aconteceu foi entre 17 e 18 de abril.
Outros problemas normalmente ocasionados pela falta de chuvas, e citados por Zildene, são o baixo volume dos reservatórios de abastecimento de água e até mesmo o encarecimento na produção de energia hidrelétrica.
“É por isso que em muitos casos, em certas cidades, se torna necessário fazer rodízios no fornecimento de água para a população”, explica. Em Marília essa possibilidade não está descartada, mas não é a realidade ainda.
VOLUME
De acordo com dados da Somar Meteorologia, empresa contratada por diversos serviços de Defesa Civil, nos primeiro quatros meses do ano em Marília choveu apenas 60% da média climatológica para o período.
Em abril, um mês de transição entre estações, foram apenas dois dias de chuva – o pior mês de 2021 com apenas 30,4% de chuvas esperadas de fato concretizadas. Eram esperados 102 milímetros em 30 dias, mas foram registrados apenas 31,2 milímetros.
PREVISÃO
Segundo Zildene, até sexta-feira (21), “uma massa de ar mais seco predomina no Estado de São Paulo, mantendo o céu claro a parcialmente nublado e sem previsão de chuva em todas as regiões paulistas. Temperaturas amenas entre a noite e o início da manhã”.
Já no sábado (22), “uma frente fria aproxima-se do Estado de São Paulo, aumentando a nebulosidade e causando chuvas e trovoadas isoladas durante o dia. No domingo (23), esse sistema atua sobre o Estado, mantendo o céu nublado e a condição de instabilidade. Temperaturas com leve declínio”, conclui.
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