Polícia

Justiça determina que Levi reconheça mais uma vez acusado de tentar matá-lo

Local da tentativa de homicídio (Foto: Arquivo/MN)

O processo jurídico que discute a autoria da tentativa de homicídio contra o atual chefe de Gabinete da Prefeitura de Marília, Levi Gomes de Oliveira, ganhou mais uma página nesta segunda-feira (7), quando a Justiça avaliou alguns pedidos da defesa do único acusado até então, Alessandro Pereira dos Santos, mais conhecido como ‘Coxinha’.

Entre as decisões, o juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Foro de Marília, pediu para que a vítima faça novo reconhecimento do acusado, com a presença do defensor, promotor, juiz e demais indivíduos que participarão da nova ação. De acordo com o processo, Levi já havia identificado o réu diante de outras 5 pessoas apresentadas.

A defesa também pediu para que a ação passe a ser discutida em sigilo, mas o juiz entendeu que a publicidade dos atos processuais é regra constitucional, e, não havendo demonstração de prejuízo à defesa, não visualiza motivação para a decretação do segredo de Justiça.

Outro pedido atendido pelo juiz foi quanto à expedição de ofício às empresas de telefonia e rastreamento de veículos, para que forneçam a geolocalização dos aparelhos celulares do réu e de sua esposa, além do trajeto de seu veículo, entre os dias 26 e 27 de abril de 2022, data da tentativa de homicídio.

Uma terceira solicitação da defesa que foi atendida pela Justiça é sobre o fornecimento de imagens de sistemas de câmeras de seguranças, em pontos indicados pelo defensor.

A decisão do juiz Fabiano Moreno termina descrevendo que a defesa preliminar não aponta causas para a absolvição sumária. Assim, foi agendada uma audiência telepresencial para instrução, debates e julgamento, a ser realizada por videoconferência, para o 1º de fevereiro de 2024. Na ocasião, o réu será interrogado, ficando acolhido o rol de testemunhas.

Em contato com o Marília Notícia, Levi informou que ainda não recebeu a intimação da Justiça até o momento e apenas demonstrou estar “decepcionado com a demora para o julgamento do caso”.

O CRIME

Chefe de Gabinete, Levi Gomes de Oliveira (Foto: Arquivo/MN)

Segundo o 11º promotor de Justiça de Marília, Rafael Abujamra, consta no inquérito policial que o crime ocorreu no dia 27 de abril de 2022, por volta das 5h, próximo ao cruzamento da avenida Cascata com a rua Júlio Mesquita.

De acordo com o texto, foi apurado que o acusado – Alessandro Pereira dos Santos – e um comparsa – não identificado –  teriam supostamente tentado matar a vítima Levi Gomes de Oliveira.

A denúncia diz que, para cumprir o objetivo, os acusados sabiam da rotina do ex-secretário e se dirigiram até as imediações da residência dele em um veículo Honda Fit, prata, conduzido pelo comparsa de Santos.

O MP aponta que, ao avistarem a vítima, Santos e o colega arrancaram com o veículo na direção dela. O indiciado teria sacado uma arma de fogo – não apreendida – e efetuado três disparos contra o chefe de Gabinete.

Conforme consta na denúncia, que ainda não foi julgada, a vítima estranhou a movimentação e conseguiu rapidamente se abaixar atrás de uma moita. Levi não foi atingido pelos disparos.

O texto ainda diz que, devido à queda da vítima, a dupla estava certa da consumação do crime e fugiu.

Segundo o promotor, Levi reconheceu Santos como autor dos disparos. O MP ofereceu a denúncia e agora o caso segue na 3ª Vara Criminal.

Durante o inquérito policial, o acusado chegou a ser interrogado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e negou o crime. Ele afirmou que não conhece Levi e que ficou sabendo do caso através da imprensa. Alegou ainda que estava em casa na hora do fato e não possui arma de fogo.

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Marcelo Martin

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