Marília

Justiça dá ganho de causa para Fumes e Estado começa a pagar dívida milionária da instituição

O presidente da Fundação Municipal de Ensino Superior (Fumes), José Carlos Nardi, contou ao Marília Notícia que recentes decisões judiciais estão ajudando a instituição a sair do vermelho, com o acerto das dividas milionárias.

A Fumes foi fundada no ano de 1966 para gerir o quadro de funcionários, serviços e outras demandas da Faculdade de Medicina de Marília (Famema). Há aproximadamente 30 anos houve a estadualização da instituição, que passou a receber o repasse do Governo do Estado de São Paulo para realizar os pagamentos.

É neste contexto que a fundação começou a afundar em dívidas trabalhistas e imposto de renda. Segundo o presidente Nardi, a mudança de direção da Justiça, que antes cobrava as dívidas apenas da Fumes e agora passou a considerar que o Estado é responsável por garantir a contribuição fiscal da instituição, tem sido um alívio aos cofres da Fundação.

“De uma maneira geral, o Estado está assumindo as dívidas da Fumes. Como de direito, porque desde que estadualizou a instituição, a fundação de apoio fornece mão de obra para o Estado, então é o Estado que é responsável por isto”, explicou Nardi.

O presidente ainda contou que o fato do Estado de São Paulo assumir toda folha de pagamento a cerca de quatro anos, dos funcionários diretos e indiretos, além do novo entendimento da Justiça, colocou a Fumes no caminho da segurança jurídica-administrativa.

“Tem um caminho a seguir ainda, mas está no bom caminho e já deslumbra uma luz no fim do túnel. A gente ficava preocupado porque se poderia haver o bloqueio dos salários e são 800 funcionários”, ressaltou Nardi sobre os novos rumos.

Sobre o fim do túnel, o gestor também relatou que não sabe quando a instituição chegará do outro lado e que conflitos jurídicos podem atrapalhar o acerto de tudo.

“Tem até dívida que a gente não sabe, a cada instante chega alguma coisa. Para se ter uma ideia, chegou aí há uns 15 dias um precatório de R$ 150 milhões, que é do imposto de renda de 2001 até 2007”, comentou Nardi.

A dívida é referente ao desconto patronal no pagamento dos salários dos servidores. Neste caso, o Estado fazia na época o repasse sem prever esse desconto e, como a Fumes não possui renda e efetua o pagamento de acordo com o repasse estadual, também não recolhia o valor à Receita Federal.

“O fisco cobra a Fumes, mas quem passa o valor é o Estado e eles não recolhem por um princípio do governo, lei deles. Então, existe esses dilemas”, finalizou Nardi.

Faça parte do nosso grupo de WhatsApp. Entre aqui!

Marcelo Martin

Recent Posts

CPMI do INSS convoca dono do Banco Master e governador Romeu Zema

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou,…

14 horas ago

Brasil tem potencial para minerais críticos, aponta estudo do Ipea

O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que o Brasil tem grande…

14 horas ago

App deve ajudar agentes públicos a trocarem informações de forma segura

Uma ferramenta de comunicação elaborada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ajudará agentes públicos e…

14 horas ago

Motorista capota carro na pista e veículo invade quintal de casa em Quintana

Toyota Corolla seguia no sentido do interior à capital (Foto: Mais Tupã) Uma motorista ficou…

16 horas ago

Comércio de Marília estende horário em dezembro para período do Natal

Comércio deve receber grande movimentação de clientes em Marília (Foto: Alcyr Netto/Marília Notícia) O comércio…

17 horas ago

Reunião alinha cronograma do 13º e rescisões de funcionários terceirizados da Educação

Funcionários da empresa terceirizada GF foram recebidos na Secretaria Municipal da Educação (Foto: Divulgação) A…

17 horas ago

This website uses cookies.