Tecnologia

Jogo sobre epidemia global, Plague Inc é retirado de lojas de apps na China

O jogo de celular Plague Inc, que ganhou popularidade nos últimos dias em meio à epidemia do coronavírus, foi removido da loja de aplicativos da Apple na China. Segundo a desenvolvedora do jogo, a Ndemic Creations, a remoção se deve à decisão de reguladores locais, que alegaram que o Plague Inc tinha conteúdo ilegal.

O jogo de estratégia, lançado em 2012, permite que jogadores criem um vírus para destruir o mundo. Sua forma de explicar como um vírus se espalha pelo planeta foi considerada por muitos especialistas como bastante didática.

Em janeiro, o game liderou em downloads na App Store chinesa, junto com outros filmes e jogos sobre o tema, como uma forma dos usuários de lidarem com a situação. Agora, porém, houve efeitos colaterais. “A situação está fora do nosso controle”, disse a Ndemic Creations, em um comunicado. A empresa busca contato com as autoridades chinesas para explicar a situação. Nem a empresa nem o governo chinês responderam à agência de notícias Reuters.

Hoje, a China tem regras bastante restritas de censura artística. Jogos, filmes e músicas podem ser censurados se violarem os “valores socialistas”, enquanto empresas de jogos têm que ter licenças para lançar um game específico. Nas últimas semanas, as autoridades chinesas têm fechado o cerco sobre quem comenta o coronavírus – grupos de WeChat e podcasts têm sido deletados e fechados, por exemplo.

“O jogo pode ter sido deletado apenas por conta das sensibilidades em torno do assunto e de seu nome”, afirma Daniel Ahmad, analista da consultoria de pesquisa Niko Partners.

Ele disse ainda que a remoção pode se dever a uma nova funcionalidade do jogo, que permitiria aos jogadores criar “fake news” em torno do vírus. Segundo Ahmad, outros jogos que não possuem esse tipo de função, mas falam sobre epidemias seguem disponíveis nas lojas de aplicativos na China.

Desde que foi lançado, o Plague Inc teve 2,2 milhões de downloads na AppStore chinesa, sendo que 9% disso aconteceu nos últimos dois meses, segundo a empresa de dados SensorTower.

Agência Estado

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