Jerry Adriani, o nome roqueiro da Jovem Guarda, morreu às no início da tarde deste domingo, 23, às 15h30, no Rio de Janeiro. Ele tinha 70 anos e enfrentava um câncer.
Internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, no Rio, ele voltou à unidade de tratamento intensivo na manhã deste domingo. Ainda não há informações sobre horário e local do velório e do enterro.
O sangue rock and roll de Jerry Adriani possuía um comprometimento maior com a gênese do estilo do que algumas de suas próprias canções demonstraram. Reconhecê-lo por apenas Doce Doce Amor ou Tarde Demais é conhecê-lo pela metade, reduzir sua importância.
Jerry não sofria por fazer o jogo do mercado. Era bonito, tinha charme e tinha voz. Uma tríade que nem Roberto, Erasmo ou Wanderléa conseguiam reunir individualmente. E lá se foi o garoto nascido no Brás, com uma banda de rock no currículo chamada Os Rebeldes, se meter a cantar como galã italiano. Italianíssimo, o disco, fez sua estreia em 1964, ajudando a regar a terra para nascer a Jovem Guarda.
O ano em que a juventude brasileira foi descoberta, 1965, foi também o que confirmou Jerry como um quadro viável no novo mundo da música pop. Gravado agora em português, Um Grande Amor faria sua estreia como ídolo de massa, preparando-o ainda mais para 1967, quando sairia um de seus discos mais vitoriosos, Vivendo Sem Você.
Jerry Alves de Sousa foi o homem que descobriu Raul Seixas na Bahia, selando seu faro e sua determinação.
Raul era Raulzito, que fazia bailes grã-finos de Salvador com seu grupo, Os Panteras, quando Jerry passou com seu show pela cidade. Ao saber de Raul (uma das versões diz que Raul não estava nesse dia com o grupo, que só viria a ser conhecido por Jerry depois), o cantor encafifou com a ideia de que aquele baiano deveria não só ir para o Rio de Janeiro como também se tornar produtor de seus discos. Saiu-se cheio de argumentos pra cima do poderoso Evandro Ribeiro, da gravadora CBS, e o convenceu: de 1969 a 1971, os discos de Jerry seriam produzidos por Raul, e com muitas músicas de sua autoria.
Jerry se foi no ano em que passaria todas as suas histórias a limpo. Ajudado pelo amigo, o pesquisador Marcelo Fróes, ele previa uma biografia de muitos causos e o lançamento de um disco cantando músicas de Raul. Estava feliz, dava entrevistas vibrantes e abria o coração para falar do passado. Sua obra precisa passar por uma reavaliação justa e necessária.
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