Tamanduá-mirim foi resgatado na zona urbana (Foto: Divulgação)
Não são apenas as áreas remanescentes de mata atlântica em Marília que estão ameaçadas pelas queimadas e incêndios criminosos registrados nos últimos dias. Especialistas ouvidos pelo Marília Notícia afirmam que a fauna local também está em risco.
O principal papel do Departamento de Zoonoses da Prefeitura é combater a proliferação de doenças de origem animal. No entanto, na última quarta-feira (7) o setor precisou participar de uma ação diferente, de resgate a um tamanduá-mirim.
Isso foi necessário em decorrência de todo o contingente dos Bombeiros e da Polícia Ambiental ter sido deslocado para combater as chamas em diversos pontos da cidade. São eles que normalmente resgatam animais silvestres na zona urbana.
O tamanduá foi recuperado de um posto de combustíveis próximo de área de preservação na zona Oeste de Marília, pelo chefe da Zoonoses, o veterinário Lupércio Garrido.
“O animal estava bem, mas com a quantidade de pontos de incêndio pela cidade podemos supor que ele foi pressionado a avançar até a zona urbana, o que é muito frequente em nossa cidade”, afirma Lupércio.
De acordo com ele, algumas espécies, como as aves, conseguem escapar com facilidade das queimadas. Já com mamíferos e répteis não acontece o mesmo e muitos deles acabam sendo encurralados pelo fogo.
Fogo destrói áreas remanescentes de mata atlântica e ameaça fauna (Foto: Divulgação)
“Certamente após o rescaldo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Ambiental, veremos relatórios trazendo informações sobre animais silvestres mortos, o que é lamentável”, aponta o chefe da Zoonoses.
Nesta semana também houve o flagrante de um gambá-de-orelha-preta, também conhecido como saruê, fugindo com os filhotes em suas costas dentro de um condomínio localizado na zona Leste de Marília, que foi ameaçado pelo incêndio. Veja o vídeo abaixo.
Nos últimos dias têm circulado nas rede sociais pedidos de populares para que os marilienses levem comidas – como frutas – para áreas de mata. O objetivo seria alimentar macacos, por exemplo, que viram árvores frutíferas serem consumidas pelos incêndios.
Lupércio, entretanto, afirma que tal prática é altamente reprovada por veterinários. Isso porque esse tipo de ação pode mudar os hábitos da fauna, além de promover um contato indevido e perigoso entre as espécies selvagens com os humanos.
População faz campanha por alimentos a animais, mas veterinários desaconselham (Foto: Divulgação)
“Os animais silvestres podem acabar sendo condicionados e acabam perdendo a capacidade de conseguir alimentos por si só. Eles também podem acabar ingerindo alimentos inadequados e até mesmo pode acabar sendo estimulada uma superpopulação”, detalha o veterinário.
Além do risco de provocar um desequilíbrio na fauna, existe ainda o risco de contato dos humanos com macacos, que transmitem doenças como febre amarela e raiva.
Veja abaixo duas fotos com o antes e depois de uma área verde na zona Leste ser destruída pelo fogo nos últimos dias.
Antes do fogo (Foto: Divulgação/Thiago AO)
Após a ação das chamas (Foto: Divulgação/Thiago AO)
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