O Hospital Beneficente Unimar (HBU) é o principal destino dos empenhos feitos pela Prefeitura de Marília no combate à pandemia da Covid-19, de acordo com informações do Portal da Transparência do município.
Segundo levantamento realizado nesta terça-feira (20), com base na prestação de contas que envolve a destinação dos recursos carimbados desde o ano passado, o HBU é o destinatário de quase 40% da verba – mais precisamente, 39,2%.
Até o momento, ao todo, o município afirma ter empenhado R$ 54,3 milhões com foco no combate ao coronavírus e suas consequências.
Apenas para o HBU já foram destinados R$ 21,3 milhões da verba da Covid – fora outros convênios que o hospital possui com a Prefeitura. Vale lembrar que a instituição é referência no tratamento da doença aos marilienses.
Os valores destinados ao hospital, entre as despesas exclusivas com a Covid-19, representam aproximadamente três vezes mais do que os empenhos da Prefeitura com pessoal fixo, o equivalente a R$ 7,8 milhões – a segunda maior destinação.
A Santa Casa de Misericórdia de Marília aparece como a terceira maior destinação desse tipo de empenho, R$ 7,5 milhões. Ali também são internados moradores do município com Covid, mas as verbas repassadas pela Prefeitura representam um terço do que está sendo pago ao HBU.
No momento, o Hospital Beneficente Unimar disponibiliza 26 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 30 de enfermagem, vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para pacientes com o coronavírus. Na Santa Casa, a oferta está um pouco abaixo da metade disso, respectivamente com 12 e 13 vagas de cada tipo.
No ranking de destinação de empenhos do Executivo mariliense contra a pandemia, aparecem na sequência a Gota de Leite (R$ 5,5 milhões) e o Hospital Espírita de Marília (R$ 1,1 milhão).
Todos os outros parceiros do município no fornecimento de serviços ou insumos para enfretamento da Covid-19 têm empenhos abaixo de R$ 1 milhão desde o ano passado até o momento.
HBU
Em reposta ao Marília Notícia, a superintendente do HBU, Márcia Mesquita Serva, explicou que “os recursos foram empregados 100% em prestação de serviço a pacientes com síndrome respiratória, desde os pacientes Covid confirmados como [também] os pacientes suspeitos de Covid”.
A destinação, de acordo com a superintendente, cumpre orientação do Ministério da Saúde. “Os pacientes que tinham sintomas respiratórios não poderiam ser internados em leitos comuns e sim nesses leitos que ficaram exclusivos para pacientes com síndrome respiratória”.
De acordo com Márcia, “o cuidado com esses pacientes, que a gente vem fazendo desde março de 2020, é um cuidado extremamente delicado e com custo extremamente elevado”.
A superintendente do HBU explica que “mesmo os recursos que vieram do Governo Federal e os recursos que estão a vir do município, que a gente ainda não teve esse repasse, eles são recursos que a instituição ainda tem que entrar com contrapartida”.
Márcia detalha que o tratamento da doença é “caríssimo” inclusive pelos insumos que são utilizados e cita “medicamentos que começaram a faltar e a indústria farmacêutica elevou esses custos”.
Algo parecido também teria ocorrido com a paramentação das equipes. “A gente gasta demais com aventais, consumo de luva, máscara e todas essas questões que são fundamentais para o cuidado desses pacientes”.
Márcia reforça que o HBU é a primeira referência para o atendimento da Covid-19 em Marília e diz que “é isso que precisa ficar claro, que mesmo no início, quando não teve o pico de ocupação dos nossos leitos, como a gente vem mantendo desde dezembro do ano passado, a gente precisou ter equipes montadas esperando esses pacientes”.
“Como todo mundo sabe, o caro no cuidado e na assistência à saúde são os profissionais, sim, porque a gente precisou ter médicos especializados. E estão aí os resultados positivos que a gente obteve desde o começo da pandemia”, afirma a superintendente. “Muitas pessoas foram curadas, graças a Deus. Infelizmente, perdemos algumas vidas, a doença é avassaladora”.
“Mas é isso, acho que temos muito mais a comemorar do que lamentar. E com um custo relativamente suportável ao sistema, visto que no resto do país se gastou igual ou muito mais. Em alguns estados se começou a contratar Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até com preço mais caro. O custo de diária UTI Covid no SUS é de R$ 1,6 mil, isso hoje o privado não consegue disponibilizar em um custo abaixo de R$ 3,2 mil”, completa a superintendente.
Marcia finaliza dizendo que “essa é a diferença, a lacuna, o ônus de a gente se disponibilizar, ser um hospital filantrópico e cumprir com a nossa missão”.
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