Priscila teve marcada quarta data para perícia (Foto: Carlos Rodrigues/Marília Notícia)
A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) impacta no atendimento em Marília. Segurados estão tendo consultas reagendadas, o que atrasa a liberação de benefícios e tem impacto direto nos orçamentos das famílias. A população sequer consegue entrar no prédio do órgão federal.
O Marília Notícia acompanhou, nesta última sexta-feira (8), o drama da auxiliar de cozinha Priscila de Souza Galego, de 38 anos, que mora na zona Norte da cidade. Ela acordou cedo e procurou a agência local pela quarta vez, mas voltou sem ser atendida.
A trabalhadora teve Covid-19 com agravos em novembro do ano passado. Ficou afastada por 15 dias, período no qual foi remunerada pela empresa. Com as complicações da doença, a licença se estendeu. Em dezembro, começou a peregrinação.
“Procurei o INSS e marcaram minha perícia para janeiro, mas fui informada que o médico havia se aposentado. Marcaram para fevereiro, estava tendo uma paralisação. Agora – neste dia 8 de abril -, a informação é que está em greve”, relata.
A auxiliar já não trabalha mais na mesma empresa, mas tem direito a receber retroativos do período em que estava afastada devido à doença. “Complicou demais. O orçamento está bem difícil, ainda mais com essa inflação”, lamenta.
Priscila sequer consegue entrar no prédio do órgão federal (Foto: Carlos Rodrigues/Marília Notícia)
DIGITAL
O INSS tem divulgado canais digitais para tentar reduzir o impacto da greve, o que nem sempre é possível. Pelo site Meu INSS, é possível acessar alguns serviços, mas casos como o da auxiliar de cozinha Priscila necessitam do atendimento do médico.
O órgão diz que vai considerar a data original da perícia para pagar o auxílio-doença, o que evitaria prejuízos aos segurados. Porém, o adiamento na liberação do benefício já causa grandes transtornos para quem espera o dinheiro que tem direito.
A greve já completou uma semana. O INSS não informou quantos atendimentos deixaram de ser feitos neste período e como será resolvida a questão dos agendamentos para os segurados.
Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, diz que o governo não se dispôs a negociar.
Entre as reivindicações está a recomposição salarial de 19,99%, relativa às perdas com a inflação de 2019 a 2022; fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária para os profissionais; realização imediata de concurso público para o preenchimento de três mil vagas.
Atualmente, existem 3.411 médicos peritos no Brasil. Desse total, 2.853 estão em atendimento em todo o país, segundo a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP).
Assim como os demais funcionários públicos, os servidores do INSS também reivindicam recomposição salarial de 19,99%, concurso público, condições de trabalho e valorização da carreira do Seguro Social, entre outros pontos.
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