Estudante PCD procura a polícia e denuncia professora de escola por ‘intolerância’
Um incidente ocorrido na Faculdade de Tecnologia de Marília (Fatec) resultou em um boletim de ocorrência na Polícia Civil, depois que uma estudante surda relatou ter sido alvo de ofensas e intolerância por uma professora.
Conforme o relato da vítima, de 29 anos, o episódio ocorreu no início do mês, durante uma aula em que a estudante estava acompanhada de um intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).
A aluna, que possui deficiência auditiva desde os três anos devido a uma meningite, afirmou que a professora a atacou verbalmente, quando ela tentava esclarecer questões sobre uma prova, utilizando os serviços da interprete.
“Cheguei em sala, com a intérprete Libras e ela explicou que ia precisar fazer perguntas novamente sobre a prova para a professora. Mas ela [educadora], ao chegar perto mim e da intérprete, começou a gritar. Eu fiquei assustada, ela foi sem educação”, relatou a mulher à Polícia Civil, por meio da intérprete.
A aluna relatou ainda que estuda desde agosto e já enfrentou dificuldades pela chegada tardia da profissional que faz a tradução. Depois do atendimento especializado, porém, se adaptou à rotina escolar.
Em nota emitida pelo Centro Paula Souza (CPS), “a direção da Fatec Marília esclarece que a estudante recebe o acompanhamento previsto em lei, inclusive com a presença de intérprete de Libras. A direção da Fatec também ressalta que não recebeu reclamações formais por parte da aluna, mas vai apurar o caso.”
A Polícia Civil registrou o caso, mas por se tratar de ação condicionada – que depende da vítima – ainda necessita de representação para que eventual denúncia seja levada à Justiça.
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