Desmatamento cresce e Marília perde 4,5% das florestas naturais
O desmatamento em Marília vem crescendo anualmente desde 2014, quando o município registrou sua maior área de florestas naturais a contar de 1985 – quando as informações estão disponíveis. Em quatro anos a cidade perdeu 4,5% desse tipo de vegetação.
Os dados são do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas), uma iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima.
Há 33 anos eram 9,2 mil hectares de florestas naturais na cidade, o correspondente a 7,9% da área total das terras marilienses.
Em 2014 essa área avançou para 11,3 mil hectares (9,72%) e no ano passado houve o recuo para 10,8 mil hectares (9,28%).
A cidade perdeu 515 hectares de florestas naturais nos últimos quatro anos. Entre 2017 e 2018 foram extintos quase 54 hectares.
Desde 2014 houve aumento de florestas com característica de savana (22%) – o que pode indicar um encaminhamento para a degradação de formações naturais florestais propriamente.
Por outro lado houve um aumento de 9,9% na área de florestas plantadas, o que indica algum esforço para tentar reduzir o ritmo do desmatamento.
As formações campestres quase dobraram de tamanho (aumento de 83%), mas ocupam uma área pequena do total no município.
A maior parte do território mariliense é composto por pastagem (59%) e nos últimos quatro anos houve uma redução de 6% do total da área ocupada.
Por outro lado as áreas de mosaico entre agricultura e pastagem (aumento de 19,15%), e agricultura semi-perene (aumento de 14,44%) e perene e anual (aumento de 11,55%) também cresceram.
O tamanho da infraestrutura urbana de Marília foi outro tipo de cobertura do solo que avançou entre 2014 e 2018, o equivalente a 16,5% de crescimento alcançando 492 hectares.