O crime ocorreu no final de semana em um sítio localizado na zona rural de Pirajuí (82 quilômetros de Marília), nas imediações do bairro Água Quente. No local, Orides mantém estufas de pimentão. O vira-lata apareceu há cerca de um mês, possivelmente após ter sido abandonado na porteira da propriedade.
“Ele acampou em um quartinho junto com o Thor, um cachorro de raça fox que vive no sítio. Comecei a cuidar dele e, desde então, passei a chamá-lo de Preto. Toda vez que eu chegava, os dois vinham me recepcionar”, disse Orides, que trabalha na estufa todos os dias.
O autônomo contou que saiu do sítio no sábado, por volta das 19h30. Quando retornou no domingo, percebeu algo de errado. “Cheguei cedo na porteira e só o Thor veio ao meu encontro. Achei muito estranho. Levei comida e saí à procura do Preto. Ninguém ali no sítio tinha visto ele”, disse.
Por volta das 11h, Orides, enfim, encontrou o cãozinho, que estava embaixo de um pé de pimentão, em uma estufa mais afastada da que ele trabalhava quando chegou no sítio. No entanto, a cena de crueldade o chocou. “Havia muito sangue e a língua estava caída de lado. Foi quando percebi o furo de bala (devido ao tiro) na altura da boca dele. Cheguei a chorar. Não acreditava no que tinha acontecido”, lamentou.
Resgate
A Polícia Militar (PM) e a ONG Late Mia e Cia, de Pirajuí, foram acionadas. A socorrista da ONG, Renata Cardoso, buscou o cãozinho no sítio e o levou até uma clínica veterinária da cidade. O sentimento dela era de indignação. “Ao que tudo indica, a pessoa que atirou mirou na cabeça e errou, acertando a mandíbula, do lado esquerdo. Ele estava agonizando quando fizemos o resgate”, lamentou.
O veterinário que atendeu Preto, Eduardo Siqueira Fagundes, disse que tentou de tudo para salvá-lo. “A mandíbula foi triturada e não teve nem como colocá-la no lugar. A bala ficou alojada na garganta e não saiu do outro lado, ou seja, ele morreu por causa de uma hemorragia. Ele chegou à clínica por volta do meio-dia e, uma hora depois, já estava morto”, relatou.
Pena branda
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar quem teria atirado contra o cachorro. O caso foi registrado ontem como crime ambiental – praticar atos de abuso a animais. De acordo com o delegado titular de Pirajuí, César Nascimento, o projétil que atingiu o cão não foi localizado, o que pode prejudicar o trabalho de investigação.
“Deve ter se perdido enquanto o cachorro era transportado até o veterinário. Se apreendermos alguma arma de fogo, por exemplo, não tem como fazer a comparação”, explicou. “Precisamos encontrar mais testemunhas. Mas, ao que tudo indica, foi algum vizinho da propriedade”, acrescentou o delegado.
A pena para este tipo de crime, pontuou Nascimento, não chega a dois anos de reclusão. “Ou seja, identificado o autor, ele irá pagar cestas básicas ou prestar serviços à comunidade”, finalizou.
Fonte: JCNET
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