Ana Marcela Cunha, 5 Km. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 17 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br
A nadadora Ana Marcela Cunha, ouro nos 5km na maratona aquática no Mundial de Esportes Aquáticos na terça-feira, superou um drama pessoal antes de se tornar a maior medalhista da história da modalidade em mundiais. Em 2016, a nadadora descobriu uma doença autoimune que destrói a produção de plaquetas sanguíneas, células responsáveis pelo processo de coagulação. Para corrigir o problema, ela teve de se submeter a uma cirurgia para retirada do baço. Com a cirurgia, ela consegue manter a produção de plaquetas em um nível saudável.
A equipe descobriu a doença depois de uma prova em Salvador ainda em 2016. Depois de um mal-estar, um exame médico revelou que tinha apenas 110 mil plaquetas no sangue – o número normal ultrapassa 200 mil. Ela teve de se afastar por quase dois meses da competições no início de 2017.
Ana Marcela se submeteu a exames difíceis e dolorosos, como uma biopsia de medula, por exemplo, para conhecer se a causa da doença tinha relação com a algum tipo de câncer. Em um dia, chegou a tirar 30 frascos de sangue. Até hoje não se sabe o que provocou-lhe a doença. Hoje, como atesta a conquista da medalha dourada, Ana Marcela está bem fisicamente.
Sem o baço, órgão responsável por funções imunológicas e hematológicas, o corpo não cria anticorpos que combatem infecções. Esse trabalho tem de ser feito por vacinas e antibióticos. A retirada do órgão foi a melhor opção para evitar que ela tenha complicações futuras.
MEDALHA INÉDITA – Seu desafio agora é buscar a inédita medalha olímpica. A baiana que aprendeu a nadar aos dois anos por influência do pai, o ex-nadador George Cunha, e também por ajuda da mãe, que é ex-ginasta, Ana Marcela ainda não subiu ao pódio.
A primeira participação olímpica de Ana Marcela Cunha foi em Pequim-2008, exatamente na estreia da maratona aquática no programa dos Jogos. Com 16 anos, a brasileira terminou na quinta colocação.
O Mundial de Xangai em 2011 servia de seletiva para os Jogos de Londres. As dez primeiras colocadas na prova dos 10km garantiam a vaga para a competição, mas Ana Marcela Cunha ficou em 11º lugar. Não conseguiu ir a Londres. A derrota fez a baiana de Salvador amadurecer bastante.
Ela viveu um grande ciclo antes da Olimpíada do Rio de Janeiro. Foi campeã do circuito da Copa do Mundo em 2012 e em 2014, além de colecionar medalhas nos Mundiais. Em 2013, em Barcelona, foi prata nos 10km e bronze nos 5km. E, em 2015, em Kazan, foi ouro nos 25km, prata nos 5km e bronze nos 10km. Tudo indicava que subiria no pódio na Rio 2016. Uma falha da equipe comprometeu seu desempenho.
Por acidente, os treinadores deixaram cair na água a alimentação que a brasileira deveria ingerir no meio da prova. Ela perdeu força e não conseguiu brigar pelo pódio: chegou em 10º lugar, 56 segundos das líderes. No ano que vem – ela já está classificada para os Jogos de Tóquio -, Ana Marcela Cunha terá mais uma chance de buscar a medalha que falta. “Neste ano, o principal objetivo foi a vaga! Ano que vem será a tão sonhada medalha olímpica”, diz o pai da nadadora.
Um jovem de 29 anos afirma ter sido vítima de sequestro relâmpago no bairro Jardim…
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante por embriaguez ao volante na noite…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou a sentença do júri…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
Documento orienta ações e investimentos nas áreas públicas pelos próximos anos (Foto: Joe Arruda/Marília Notícia)…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
This website uses cookies.