Polícia

Amantes acusados de matar marido traído em Guaimbê têm júri transferido

Polícia no local do crime (Foto: Beno Bond/Nova TV)

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) – em decisão cumprida na sexta-feira (26) – transferiu o julgamento do homem de 30 anos e da mulher que seria sua amante, ambos acusados de serem os responsáveis pela morte do marido dela, para o Foro de Lins. O caso aconteceu em Guaimbê, em março do ano passado, e ganhou repercussão pela violência e pela situação extraconjugal.

Sem a movimentação, que teve aval do juiz do caso, o processo seria julgado em Getulina, sede da Comarca.

Uma das razões para a mudança de foro seria risco da comoção popular em meio a uma pequena comunidade, sob risco de interferência na justa análise do caso.

Adriano, vítima do crime violento (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

CRIME EM ETAPAS

O crime foi descoberto quando o lavrador Adriano Silva Barreto, de 37 anos, teve seu corpo encontrado enterrado no quintal da residência do acusado, em Guaimbê, após denúncia recebida pela polícia. Ele teria sido atropelado por um carro, morto por golpes na cabeça e levado à cova rasa.

Equipes da Polícia Militar localizaram o suspeito na casa onde morava a esposa da vítima. Na época, ele confessou ter cometido o homicídio e participado da ocultação do cadáver.

Um adolescente de 17 anos também esteve envolvido na ação de transporte do corpo, mas negou participação no crime. A mulher e o menor foram liberados após interrogatório, enquanto o amante permaneceu preso.

LIGAÇÕES PERIGOSAS

A mulher admitiu o relacionamento extraconjugal com o acusado e detalhou que, no dia do crime, discutiu com o marido, que teria sacado um facão contra ela. Segundo seu relato, correu tentando se proteger e não teria testemunhado o atropelamento.

O acusado, por sua vez, alegou que deliberadamente atropelou Adriano ao perceber a violência contra a amante, golpeou-o na cabeça com um pedaço de pau e, posteriormente, ocultou o corpo em uma cova com ajuda da mulher e do adolescente.

O processo, que tramitava inicialmente na comarca de Getulina, foi apensado a outro caso e, conforme decisão judicial, foi transferido para o Foro de Lins, onde será analisado pela 1ª Vara Criminal, sob a presidência da juíza Jane Carrasco Alves Floriano.

A mudança visa centralizar o julgamento e garantir a organização do processo, que envolve múltiplos réus e detalhes sensíveis do crime. A expectativa é que, agora em Lins, a Justiça consiga dar andamento ao júri com maior celeridade e segurança.

Carlos Rodrigues

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