O Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, segundo o site Por Trás do Alimento, detectou a presença de todos os 27 agrotóxicos em testes nas águas que abastecem Marília entre 2014 e 2017.
O site Por Trás do Alimento foi criado entre as organizações jornalísticas Agência Pública e Repórter, que já ganharam dezenas de prêmios por outros trabalhos.
O Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), no entanto, garante que a quantidade de agrotóxicos estão bem abaixo do recomendado pela legislação brasileira e a água da cidade se enquadra com tranquilidade nos índices de potabilidade considerados satisfatórios.
Os limites legais para nosso país nunca teriam sido ultrapassados. Mas se no Brasil fossem adotados os padrões considerados seguros pela União Europeia, segundo o levantamento, 14 agrotóxicos estariam acima do permitido.
Alguns deles são o Glifosato, Aldicarbe, Carbendazim, Clorpirifós, Diuron, Endossulfan, Mancozebe, Metamidofós, Molinato, Permetrina.
Entre os agrotóxicos detectados, 11 estão associados a doenças crônicas como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos.
E esses agrotóxicos não apareceram apenas em teste feito uma única vez. Em 130 testes realizados, cada um constou em análises pelo menos em 100 ocasiões, segundo o Por Trás do Alimento.
Outros 16 tipos de agrotóxicos também aparecem com a mesma frequência, como Profenofós, Aldicarbe, Carbofurano, Endossulfan, Aldrin, Clorpirifós, Endrin. Mas abaixo dos limites adotados no Brasil e na União Europeia. Ou seja, em quantidade considerada “tolerável”.
Coquetel Tóxico
Marília não é exceção no Estado. De acordo com o levantamento, São Paulo é recordista na quantidade de cidade onde todos os 27 agrotóxicos verificados estavam na água. Essa situação foi verificada em mais de 500, das 644 cidades paulistas.
A química Cassiana Montagner falou com o site Por Trás do Alimento sobre o problema. “Mesmo que um agrotóxico não tenha efeito sobre a saúde humana, ele pode ter quando mistura com outra substância”.
Montagner pesquisa a contaminação da água na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e diz que “a mistura é uma das nossas principais preocupações com os agrotóxicos na água”.
A toxicologista e médica do trabalho Virginia Dapper disse que “a situação é extremamente preocupante e certamente configura riscos e impactos à saúde da população” ao site responsável pela denúncia.
A pesquisadora em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, Aline Gurgel também disse, no mesmo sentido, que os “dados alarmantes, representam sério risco para a saúde humana”.
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