O violento assalto ocorrido na noite deste domingo (25), na casa de um médico no bairro Senador Salgado Filho, na zona oeste de Marília, poderia ter tido um desfecho diferente, com a prisão de todos envolvidos no crime, segundo afirma o vereador Wellington Corredato (PP), conhecido como Batata.
Conforme o parlamentar, um vizinho da vítima teria ligado para a Polícia Militar (PM) assim que percebeu o assalto, mas as viaturas teriam demorado mais de uma hora para chegarem ao local.
A informação sobre a demora no atendimento foi passada na noite desta segunda-feira (26), durante a sessão da Câmara de Marília, pelo vereador, que é investigador da Polícia Civil.
Batata cobrou que o trabalho do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), responsável pelo gerenciamento do atendimento das chamadas de emergência e despachos de viaturas para atendimento de ocorrências policiais, retorne para Marília. Hoje o serviço é feito por Bauru.
“Foi uma hora e 15 minutos para a Polícia Militar chegar num assalto grave aqui em Marília. O vizinho ligou e aproveitou até para acompanhar o veículo dos bandidos. Teve uma hora que ele teve que parar de acompanhar, pois os bandidos perceberam. Precisamos trazer o atendimento do Copom da PM para Marília. Hoje ligamos e cai em Bauru. Se o atendimento fosse hoje em Marília, essa família tinha uma chance de ser atendida com mais dignidade e muito mais rápido”, afirmou o vereador no plenário.
Antes mesmo da sessão da Câmara dos Vereadores, o Marília Notícia já havia recebido a mesma informação, de outra fonte policial, que confirmou a demora na chegada da viatura da Polícia Militar ao local do crime.
“Um vizinho ligou para a Polícia Militar. Mais de uma hora e não mandaram nenhuma viatura. A ligação caiu em Bauru e essa quadrilha poderia ter sido presa”, disse o outro policial, que prefere não ter o nome divulgado.
Conforme apurou o MN, junto a fontes militares, o médico seria cadastrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e possuía registro regular do armamento. Uma das pessoas na casa foi ferida no rosto durante o crime. A ação teria feito pelo menos três reféns dentro do imóvel.
Não há informações sobre arrombamento da casa ou se os ladrões se aproveitaram de alguma fragilidade na segurança. O Marília Notícia apurou que o médico, já idoso, foi obrigado a entregar valores em dinheiro que estavam dentro de cofres, em um total que ultrapassa R$ 20 mil.
Entre os itens de colecionador levados está uma pistola calibre 9mm (uso restrito), além de carregadores e munições. Joias e equipamentos eletrônicos também foram roubados, enquanto a vítima e seus familiares ficaram sob ameaça de armas.
A Polícia Militar encontrou um dos veículos usados na ação criminosa durante um patrulhamento pela rodovia Transbrasiliana (BR-153), nas imediações do Country Club. Não há informações sobre detidos.
OUTRO LADO
O 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior (9º BPMI) informou nesta quarta-feira (28) que a primeira ligação registrada pelo Copom foi às 20h20, sendo que o policial militar permaneceu na linha com o solicitante por seis minutos e 15 segundos, tentando auxiliá-lo a localizar o endereço, uma vez que este não sabia ao certo, bem como não tinha certeza do que estava ocorrendo, já que tinha apenas recebido uma mensagem de um parente das vítimas, algum tempo antes.
A segunda ligação registrada pelo Copom foi às 20h33, sendo que o solicitante permaneceu na linha com o atendente por sete minutos e dez segundos, porém, em primeiro momento, informou o endereço errado da ocorrência.
Às 20h41, a ocorrência foi finalmente cadastrada pelo Copom, sendo que às 20h43 foi despachada para atendimento. Logo após o despacho, as viaturas da Polícia Militar chegaram ao local para atendimento de ocorrência, que somente nesse momento, constatou-se de que se tratava de um roubo, iniciando-se imediantamente patrulhamento em toda região na tentativa de localizar os veículos envolvidos.
“Ressaltamos que, em nenhum momento, durante as ligações, o solicitante tinha certeza do que estava acontecendo, já que ele não era uma das vítimas do roubo e não estava no local dos fatos. Ressaltamos que o serviço 190 pode ser acessado em qualquer lugar do Estado de São Paulo, mesmo que a pessoa não esteja na mesma cidade da ocorrência, sendo necessário para cadastramento da ocorrência e despacho da viatura o endereço ou referência e o munícipio do fato”, afirmou em nota.
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