Brasil e Mundo

Vacina da Johnson & Johnson é segura, aponta estudo

A vacina contra covid-19 desenvolvida pela Johnson & Johnson obteve indicadores satisfatórios de segurança e produção de resposta imunológica, de acordo com resultados das fases 1 e 2 publicados no periódico científico The New England Journal of Medicine. Os resultados positivos foram obtidos após aplicação única do imunizante em voluntários, com duas dosagens diferentes. Essa característica é tida como o diferencial da vacina, já que representaria uma imunização acelerada da população.

“Uma dose única da (vacina) Ad26.COV2.S induziu uma forte resposta humoral na maioria dos receptores da vacina, com a presença de anticorpos neutralizantes em mais de 90% dos participantes, independentemente da faixa etária ou da dose da vacina”, escreveram os pesquisadores da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, na conclusão do estudo. Os anticorpos aumentaram e se estabilizaram ao longo de uma análise de 71 dias, o que sugere a durabilidade da resposta imune da vacina, acrescentam os especialistas no estudo divulgado na semana passada.

O Brasil é um dos países no qual a empresa desenvolve testes da vacina. A liberação para a condução de estudos de fase 3 ocorreu em agosto e previa 7 mil voluntários. Pessoas de outros países da América Latina também foram recrutadas, ainda que aquém do inicialmente planejado, já que a farmacêutica decidiu reduzir a quantidade global de voluntários. Os dados da fase 3 é que indicarão se o imunizante ofereceu proteção contra o desenvolvimento da covid-19, apontando a sua taxa de eficácia.

No mais recente estudo, os pesquisadores analisaram os resultados da aplicação da vacina em 805 participantes, entre adultos e idosos. Eventos adversos como fadiga, dor de cabeça e dor no local da aplicação foram notados, mas as pessoas tiveram rápida recuperação. Outros casos foram notados, mas os especialistas destacaram que não houve relação com o imunizante.

Outro resultado relevante foi a resposta imunológica gerada pela vacina. A pesquisa mostra que 90% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes 30 dias após a aplicação O número subiu para 100% quando os dados foram analisados 57 dias após o recebimento da dose, o que indica que uma menor parte do grupo demorou mais tempo para desenvolver a proteção. Os resultados foram obtidos tanto nos grupos mais novos como nos mais velhos, e também foi notado tanto nos que receberam dosagem menor quanto nos que receberam dosagem maior.

A vacina da Johnson & Johnson está nos planos do Brasil. Plano divulgado pelo Ministério da Saúde em dezembro mostra a inclusão de 38 milhões de doses do imunizante. De acordo com o governo federal, 3 milhões de doses dessa vacina seriam disponibilizadas no segundo trimestre de 2021, 8 milhões, no terceiro trimestre, e 27 milhões, no quarto trimestre do ano que vem.

Agência Estado

Recent Posts

Região de Marília tem 3,32 médicos para cada mil habitantes

DRS de Marília reúne 3.766 médicos para atender uma população estimada em 1,1 milhão (Foto:…

6 horas ago

Estado de São Paulo confirma segundo caso de sarampo em 2025

O Estado de São Paulo registrou o segundo caso de sarampo este ano. Segundo a Secretaria…

6 horas ago

Super Férias do Sesi volta em janeiro com quatro semanas intensas de atividades

Tradicional programa Super Férias do Sesi Marília está de volta (Foto: Divulgação) O tradicional programa…

6 horas ago

Baixa pontuação faz Marília perder certificação ambiental estadual

Marília ficou mal posicionada em ranking ambiental paulista (Foto: Arquivo/Marília Notícia) O resultado do Ranking…

6 horas ago

Danilo da Saúde pede que USF Aeroporto seja incluída no programa de reformas

Presidente da Câmara de Marília, Danilo da Saúde, protocolou e teve aprovado por unanimidade o…

6 horas ago

Vinicius sanciona lei para pagar adicional a agentes de saúde e endemias

O prefeito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB), sancionou a lei que autoriza o pagamento de…

7 horas ago

This website uses cookies.