Perspectiva digital do novo campus, apresentado no final de 2019, quando doação foi confirmada (Imagem: Divulgação/Famema)
Há quatro meses a Faculdade de Medicina de Marília (Famema) aguarda a publicação de nova portaria pela União, para restabelecer parceria, ainda que sob novas condições, para uso do terreno de 15,3 mil m² que havia sido destinado à instituição no final de 2018.
O terreno localizado na avenida Tiradentes (ao lado do supermercado Tauste) é parte de uma área federal do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC).
O projeto prevê a construção de um novo campus para a Famema, com prédios que abrigarão salas de aulas, laboratório, auditório e outros espaços com finalidade acadêmica.
O prazo, segundo a instituição, era de dois anos para benfeitorias e quatro anos para início das obras. Nem chegou perto de extrapolar.
Nova sede permitiria ainda a criação de novos cursos, como psicologia, anunciado como uma das metas da instituição. Atualmente os principais endereços ocupados pela instituição são alugados.
A revogação da doação, publicada no dia 17 de junho desse ano, foi um balde de água fria nos projetos da instituição estadual.
UNIÃO QUER ATIVOS
Com uma ‘canetada’, o Secretário de Coordenação e Governança de Patrimônio da União, Mauro Benedito de Santana Filho, tornou sem efeito a portaria que fez a doação.
Prefeito Daniel Alonso acompanha visita da Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, com o diretor geral da Famema, Valdeir Fagundes Queiroz (Foto: Divulgação/Prefeitura de Marília)
A decisão veio do órgão ligado a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, cuja principal função é identificar e dar liquidez – transformar em dinheiro – ativos da União.
Por isso, a promessa de que uma nova portaria federal seria publicada, para restabelecer a doação – sob outras condições – foi recebida com desconfiança.
Na época, o diretor-geral da Famema, Valdeir Fagundes Queiroz, tentou reverter a perda da área junto o escritório da Secretaria de Patrimônio da União em São Paulo, onde teve início o processo de doação. Porém, não houve sucesso.
A Faculdade divulgou que a promessa seria revogar a doação e publicar uma portaria de cessão de uso. Pelo novo modelo, o terreno continuaria a ser propriedade da União e estaria cedido à instituição. Mas, passados quatro meses da revogação, a palavra ainda não cumprida.
Famema perdeu terreno em região importante da cidade (Foto: Alexandre Lourenção/Arquivo)
BUROCRACIA
O sistema de protocolo do órgão aponta que o primeiro requerimento foi feito à Divisão de Administração de Uso de Bens da Administração Pública Federal em setembro de 2017.
Ao longo de 14 meses, o processo tramitou por dezenas de setores de dois ministérios: Economia e Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
A reportagem do Marília Notícia procurou a Famema. Sem citar a área federal do antigo IBC, em nota curta a Faculdade afirmou que “a diretoria continua atuando em diversos âmbitos para viabilizar a construção do Campus Universitário da Instituição”.
Informou ainda que, com a pandemia da Covid-19 “todos os prazos foram suspensos temporariamente”.
Por fim, reiterou que “a construção do Campus Universitário é prioridade para a Famema”
Já o Ministério da Economia, responsável pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) ainda não respondeu ao pedido de informações do MN.
Um jovem de 29 anos afirma ter sido vítima de sequestro relâmpago no bairro Jardim…
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante por embriaguez ao volante na noite…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou a sentença do júri…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
Documento orienta ações e investimentos nas áreas públicas pelos próximos anos (Foto: Joe Arruda/Marília Notícia)…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
This website uses cookies.