Ameaçado pelo governo americano de ser banido ou boicotado dentro dos Estados Unidos, o TikTok pode se separar de sua empresa mãe, a chinesa ByteDance. Nesta semana, surgiram informações no mercado que alguns investidores da empresa estão considerando assumir o controle do aplicativo, avaliando-o em cerca de US$ 50 bilhões – seria mais do que o valor de mercado de Twitter e Snapchat, por exemplo.
Com sede em Pequim, a ByteDance está considerando uma variedade de opções para o TikTok, em meio à pressão dos Estados Unidos para abandonar o controle do aplicativo, que se tornou muito popular entre adolescentes norte-americanos.
O Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS), um painel do governo dos EUA que analisa acordos de compradores estrangeiros de empresas quanto a possíveis riscos à segurança nacional, levantou preocupações sobre a segurança dos dados pessoais de usuários do TikTok.
A ByteDance, uma empresa privada, recebeu uma proposta de alguns de seus investidores, incluindo a Sequoia e a General Atlantic, de transferir o controle do TikTok para eles, disseram as fontes. A oferta dos investidores avalia o TikTok em 50 vezes a receita projetada para 2020, de cerca de US$ 1 bilhão, segundo as fontes. Em comparação, a Snap é avaliada em 15 vezes sua receita projetada para 2020, em cerca de US$ 33 bilhões, segundo a Refinitiv.
Não está claro se o fundador e presidente-executivo da ByteDance, Yiming Zhang, ficará satisfeito com a oferta. Os executivos da ByteDance discutiram recentemente projeções de avaliações para o TikTok que ultrapassam os US$ 50 bilhões, disse uma das fontes.
O TikTok está crescendo rapidamente à medida que ganha mais dinheiro com publicidade, e a empresa espera alcançar US$ 6 bilhões em receita em 2021, disse uma das fontes. A ByteDance, que possui outros aplicativos, estabeleceu uma meta de receita para 2020 de cerca de 200 bilhões de iuanes (US$ 28 bilhões), informou a Reuters anteriormente.
Se um acordo para a venda total do TikTok não puder ser alcançado, a ByteDance está explorando a venda apenas das operações do aplicativo nos EUA, disse uma das fontes. Não está claro em quanto esse acordo seria avaliado e que laços o TikTok nos Estados Unidos manteria com suas operações globais.
Não há certeza de que a ByteDance concordará com qualquer acordo, disseram as fontes. A empresa está avançando com mudanças estruturais que afirma que irão afastar ainda mais os negócios norte-americanos do TikTok de seu império global, acrescentaram as fontes.
Representantes da ByteDance, General Atlantic e Sequoia se recusaram a comentar o assunto. Um porta-voz do CFIUS não se manifestou.
Empresa vai abrir acesso a algoritmo
Na manhã desta quarta-feira, 29, o TikTok também mostrou que deseja ser mais transparente com as autoridades: a empresa divulgou que vai permitir acesso a seus algoritmos usados para selecionar e mostrar vídeos para os usuários. “Vamos deixar especialistas ver nossas práticas de moderação em tempo real”, disse a empresa, num texto assinado pelo presidente executivo Kevin Meyer.
Na publicação, ele desafiou empresas rivais a fazer o mesmo. “Acreditamos que nossa indústria tem de ter um padrão alto. É por isso que acredito que todas as empresas deveriam abrir seus algoritmos, políticas de moderação e fluxos de dados às autoridades. Não vamos esperar a regulação vir, vamos tomar o primeiro passo”, disse o executivo, em um timing impressionante.
Isso porque, na tarde desta quarta-feira, os presidentes executivos de Amazon, Google, Facebook e Apple vão passar por um depoimento conjunto no Congresso dos EUA. E o TikTok sabe que pode ser usado como argumento por Mark Zuckerberg para que o Facebook não seja atacado – afinal, é uma empresa americana, e não chineses que estão tomando o espaço do país no mercado.
Nas notas de Mark Zuckerberg para o depoimento, ele afirma que o Facebook acredita em valores americanos, como democracia, competição, inclusão e liberdade de expressão e que a China está criando sua versão da internet focada em diferentes ideias. Mayer responde a esses ataques no seu texto, dizendo que quer focar em “competição justa e aberta”, em vez de lidar com “ataques maldosos dos nossos competidores – o Facebook – disfarçados de patriotismo.”
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