O pleno do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), em sessão realizada nesta quarta-feira (16), manteve a rejeição das contas da Câmara de Marília referentes ao ano de 2010, quando o Legislativo era presidido pelo ex-vereador Eduardo Nascimento, hoje no PSDB.
Nascimento deixou nos últimos meses o cargo de secretário de Esportes e Lazer do governo Daniel Alonso (PSDB) para disputar novamente uma cadeira na Câmara.
O TCE rejeitou em 2014 as contas dele referentes a 2010, mas o político havia apresentado um recurso – na tentativa de reverter o entendimento – que acaba de ser rejeitado.
Além de manter a decisão anterior, o plenário do TCE também confirmou a exigência de devolução de valores pagos de forma irregular.
São R$ 206,6 mil destinados a subsídios e R$ 65,3 mil para publicidade. As cifras devem ser corrigidas. Situação parecida acontece com as contas reprovadas de 2009, quando Nascimento também presidia o Legislativo – e resultou em ações de cobrança na Justiça.
Com a decisão desta quarta-feira, Nascimento pode ser novamente incluído na lista de políticos com as contas reprovadas nos últimos oito anos – onde ele já figura. O documento é encaminhado à Justiça Eleitoral antes de cada pleito.
Quem consta na lista pode acabar barrado das eleições pela lei da Ficha Limpa, mas a decisão final cabe à Justiça Eleitoral na hora de analisar a documentação de cada candidatura.
Entenda
Em 2014 a conselheira do TCE Cristina de Castro Moraes apontou que houve, na conduta de Nascimento, “danos ao erário, decorrente de atos ilegítimos e antieconômicos que são capazes de inquinar os demonstrativos em exame”.
Entre outras coisas, foi dado reajuste no salário dos vereadores que passaram a valer durante a própria gestão, quando só é permitido votar aumento no chamado subsídio dos parlamentares caso ele passe a valer para o mandato seguinte.
Também foram entendidos como irregulares gastos com publicidade não relacionadas ao aspecto institucional da Câmara.
O pagamento de valores indevidos aos vereadores já resultou em ações de cobrança contra os beneficiados. A Prefeitura vem tentando reaver a cifra, mas o caso enfrenta imbróglios nas ações de cobrança.
O Tribunal de Contas exigiu que o município cobrasse os valores pagos irregularmente apurados em anos anteriores, mas não especificou se a responsabilidade pela devolução seria dos ordenadores da despesa – presidentes da Câmara – ou dos beneficiados.
Em um processo administrativo que não deu margem para os vereadores se defenderem, o município decidiu cobrar diretamente deles. Alguns dos parlamentares, no entanto, conseguiram derrubar a cobrança com decisão judicial.
Outro lado
Questionado pelo Marília Notícia, Nascimento afirmou que seu recurso foi rejeitado “pelo mesmo motivo que foram reprovadas as contas de 2009 e o Ministério Público arquivou denúncia porque entendeu como legal [os atos praticados]”.
Nascimento afirmou que “Tribunal de Contas é órgão de assessoramento técnico e administrativo. Só a Justiça tem poder para tornar candidato inelegível após denúncia do Ministério Público e sentença judicial, o que não é o caso”.
Vítima teve óbito constatado ainda no local (Foto: Alcyr Netto/Marília Notícia) Um acidente de trânsito…
Bild promoveu coquetel para compradores do Villá (Foto: Geovana Rodrigues/Marília Notícia) Há bairros que carregam…
Um jovem de 29 anos afirma ter sido vítima de sequestro relâmpago no bairro Jardim…
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante por embriaguez ao volante na noite…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou a sentença do júri…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
This website uses cookies.