Homem de 39 anos foi preso no dia 15 de junho em Garça (Foto: Marília Notícia)
A Justiça autorizou que Júlio Rodrigo Bonifácio, de 39 anos, mais conhecido como “Júlio Rato”, suspeito de matar a própria mãe em Garça (35 quilômetros distante de Marília), participe da reconstituição do crime.
Ele será escoltado pela Polícia Civil para detalhar sua versão dos fatos. A reconstituição ainda não tem data definida para ser realizada. A vítima, Valdeci Gomes de Sá, de 68 anos, foi encontrada morta em casa no bairro Guanabara.
De acordo com a decisão da Justiça, a reconstituição deve ocorrer para verificar a viabilidade da versão apresentada pelo averiguado. Foi determinado ainda que seja juntado, aos autos do processo, o laudo da perícia do local dos fatos e laudo necroscópico, com a conclusão acerca do confronto genético entre o material coletado da vítima e o pertencente ao suspeito.
Houve ainda a determinação de que seja feita a oitiva de vizinhos, para que informem se ouviram ou viram barulhos ou movimentação estranha nas imediações, entre os dias 12 e 15 de junho de 2023. A relação existente entre a vítima e o autuado também será investigada a partir de depoimentos de familiares.
A Polícia deve realizar ainda diligências junto ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e ao hospital psiquiátrico André Luiz, com o objetivo de verificar se a vítima fazia tratamento psiquiátrico nos referidos locais.
Por último, os policiais civis deverão obter o áudio da ligação que o autuado fez ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), quando acionou a Polícia Militar para atendimento do caso.
CRIME
Júlio Rato foi preso no dia 15 de junho. O acusado responderá por homicídio, violência doméstica, ocultação de cadáver, fraude processual e furto, crimes praticados em Garça. Ele é apontado como o autor da morte da própria mãe, Valdeci Gomes de Sá, de 68 anos, e por tentar forjar um suicídio.
Por volta de 16h30, a Polícia Civil foi acionada pela Polícia Militar com a informação de ocorrência de possível feminicídio e ocultação de cadáver, em que o autor seria o próprio filho da vítima.
No local, em contato com os militares, delegado e agentes, foram informados que a PM havia sido acionada pelo acusado na rua Coronel Joaquim Piza, com a informação de suicídio. O filho alegava que a “mãe estava morta dentro de casa”.
No local, os PMs constataram que o solicitante não estava no imóvel e chegou depois correndo e ofegante.
O suspeito teria dito que saiu para comprar cigarro. O portão da casa estava fechado com cadeado e o acusado abriu para a entrada da PM.
O homem disse para os militares que encontrou a mãe morta há dois dias, que ela teria se matado e, por isso, ele a colocou na cama, indo embora em seguida. O acusado teria alegado ainda que retornou para levar um botijão de gás para vender.
Segundo a polícia, Júlio também afirmou que já teria vendido o celular da idosa para comprar drogas.
A equipe policial alegou que, ao entrar na residência, sentiu forte odor de água sanitária. Questionado, o autor disse que tinha limpado a casa para chamar a polícia.
Os militares verificaram que o imóvel tinha sido limpo, mas ainda restavam marcas de sangue embaixo da cama da mulher e do lado de fora havia roupas do acusado com um pano de chão, que estavam de molho no sabão.
A vítima tinha ferimentos no pescoço e hematoma próximo ao quadril. A equipe policial solicitou que o filho retirasse a blusa e notou que ele também tinha algumas marcas que aparentavam ser arranhões, nos ombros e braços.
A Polícia Civil localizou registros de Boletins de Ocorrências de violência doméstica, em que a mulher aparecia como vítima e o suspeito como autor.
Na delegacia, o homem disse que no dia 12 de junho encontrou a genitora caída no chão com sinais de suicídio. Em seguida, ele afirmou que colocou a mulher na cama e nos dias que passaram subtraiu o celular e a TV dela para comprar entorpecentes.
Júlio também teria dito que passou dias fazendo uso de drogas e, na manhã de ontem, limpou a casa que estava suja, lavou a roupa e, segundo ele, por entender que a mãe merecia um enterro, ligou para a PM.
O acusado permaneceu à disposição da Justiça e foi levado para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília. A autoridade policial pediu e a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
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