A Prefeitura de São Paulo pretende testar todos os alunos e professores da rede municipal de ensino antes da volta efetiva das aulas, prevista para 3 de novembro na capital. A primeira fase de exames sorológicos começa em 1º de outubro com alunos de 9º ano do fundamental e da 3ª série do ensino médio, além dos docentes. Eles serão testados nas próprias escolas. O anúncio do censo sorológico foi feito ontem pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).
Segundo o Estadão apurou, a secretaria municipal de Educação quer dar prioridade a volta em novembro para professores e estudantes que já tenham anticorpos para o coronavírus. Mesmo assim, quem tiver resultado negativo não será impedido de retornar às atividades presenciais. “A intenção é voltar com segurança”, disse Covas.
A medida pode ajudar a acalmar os ânimos principalmente de sindicatos de docentes que defendem a volta às aulas apenas depois da vacina e ameaçam fazer greve. Pais de alunos também estão reticentes em autorizar o retorno presencial com medo da contaminação pelo novo coronavírus.
A expectativa da Prefeitura é de que 20% dos alunos já tenham anticorpos, seguindo o que foi identificado no inquérito sorológico das crianças feito na cidade. O estudo mostrou que 18,4% do estudantes da rede municipal já teriam sido infectados com a covid. A estimativa é de que 244.242 alunos já desenvolveram anticorpos.
Assim, seriam esses 20% os escolhidos para iniciar a volta às aulas, justamente autorizada com 20% dos estudantes de cada escola na cidade. A Prefeitura já tem à disposição 180 mil testes para a primeira etapa, que deve durar 15 dias. Serão testados cerca de 90 mil estudantes e 90 mil professores. Depois disso, segundo Covas, novos acordos com laboratórios vão ser fechados para examinar um total de 102 mil professores e 670 mil alunos da rede. O procedimento todo vai durar cerca de 40 dias. Os bebês e crianças de 0 a 3 anos são os únicos que farão os testes em unidades de saúde, onde também terão a carteira de vacinação atualizada.
Dúvida
O professor de infectologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edimilson Migowski considerou a iniciativa da Prefeitura importante, mas explicou que se a pessoa se infectou pelo coronavírus há muito tempo pode não ter mais anticorpos detectáveis. “Acho legal fazer (a testagem), porque é um dado adicional. Quem testar positivo, ótimo, provavelmente está protegido. Quem testar negativo, pode ou não estar suscetível”, explicou.
Para Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e epidemiologista, qualquer retomada de atividades deve vir acompanhada de um protocolo de testagens. “A iniciativa de testar todos os estudantes e professores antes de retomar às aulas é uma ótima ideia e tem de ser elogiada”, disse. O especialista também explicou que a testagem deve ser usada de forma contínua e que cada vez que ocorra uma contaminação na escola deve haver um protocolo de ação previamente pensado. Além disso, Hallal ressaltou a importância das medidas de distanciamento, uso de máscaras e lavagem frequente das mãos.
Já Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), considerou a testagem de professores e alunos “paliativa”. “Se der positivo, indica que a pessoa teve em algum momento atrás, mas não que a pessoa está com a doença. Ela tem uma resposta imune ao vírus, mas não detecta a presença do vírus. Ou seja, se a pessoa estiver transmitindo, esse teste não é suficiente para saber isso.” Para ele, os testes de PCR são mais efetivos.
Além da volta às aulas, prevista para novembro, a Prefeitura já autorizou o retorno presencial de escolas públicas e particulares da capital em 7 de outubro. As unidades de ensino devem promover atividades extracurriculares neste momento.
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