Marília

Saúde prevê abertura de mais unidades para sintomáticos

Com filas de centenas de pessoas, em frente às unidades de saúde referenciadas para atender sintomáticos respiratórios, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília deve anunciar, gradativamente, ativação de outros postos referência para distribuir a demanda.

A informação é do secretário municipal da Saúde, Cassio Luiz Pinto Júnior, que prevê ainda para esta semana a retomada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cascata para atendimento a pessoas com sinais de Covid ou Influenza.

“É sem precedente. Está acima da capacidade logística, de tudo que se pode prever. Em nenhuma cidade é diferente. No Sistema Único de Saúde (SUS) ou na rede privada, não é diferente. É humanamente impossível atender a todos no tempo desejável”, diz Cássio.

VARIANTE

Embora ainda não haja confirmação da transmissão da variante ômicron o município, a situação vivenciada na rede de saúde – incluindo o sistema privado – aponta para uma transmissão epidemiológica diferente dos últimos meses.

Surto de Influenza, combinado com aumento repentino de casos de Covid-19, gerou a procura recorde por serviços de saúde. Profissionais ouvidos pelo Marília Notícia confirmam que a maioria dos casos continua na forma branda da doença.

PROTOCOLO

A alta transmissibilidade dos vírus [tanto influenza quanto Covid], a dúvida sobre os riscos decorrentes da infecção por coronavírus, além da obrigação do afastamento do trabalho, mesmo com sintomas leves, impedem as pessoas de tratar os sintomas em casa.

“O que está acontecendo é que as pessoas precisam passar pelo serviço de saúde, precisam ser testadas, mas não temos como atender todas ao mesmo tempo. Por isso, a fila sem precedentes. Estamos estruturando a rede, capacitando pessoas, abrindo mais unidades para sintomáticos até que todas estejam como mistas”, prevê Cássio.

DIFICULDADES

Conforme explica o gestor da pasta, cada unidade de saúde da atenção primária – que abre as portas para sintomáticos respiratórios – precisa ter “servidores capacitados a manejar as infeções respiratórias”.

É preciso ainda reforçar equipamentos de proteção individual (EPIs), treinar os servidores para realização de testes e abastecer com os insumos.

“O perfil da unidade que atende sintomáticos é diferente da demanda comum, que faz as vacinas, que atende acometidos de outras doenças. Ainda temos a questão dos afastamentos dos funcionários, o que nos deixa carentes de recursos humanos. É uma infinidade de obstáculos, mas que estamos enfrentando”, garante o secretário.

NÚMEROS

Entre a última sexta-feira (7) e esta terça-feira (11), conforme a Prefeitura de Marília, a cidade registrou 125 novos casos de Covid-19. O número parcial já ultrapassa os registros de uma semana; entre 31 de dezembro e 6 de janeiro foram 100 notificações positivas.

Carlos Rodrigues

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