Abelardo Camarinha (em pé) e Daniel Alonso, atual prefeito de Marília (Foto: Leonardo Moreno/Marília Notícia)
A reviravolta em um antigo caso envolvendo o ex-deputado e ex-prefeito Abelardo Camarinha (Podemos) pode enterrar de vez as chances do político disputar as eleições municipais em 2020.
O governo Daniel Alonso (PSDB) reivindicou à Câmara Municipal que vote os pareceres do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) referente os anos de 2003 e 2004 da Prefeitura de Marília, quando quem chefiava o Executivo era Camarinha.
Os dois ofícios – um referente a cada ano – encaminhados ao presidente do Legislativo, vereador Marcos Rezende (PSD), foram assinados pelo assessor especial de governo Alysson Alex Souza e Silva na última quinta-feira (21).
A informação no documento é de que os decretos legislativos que culminaram nas rejeições das contas foram anulados na Justiça e a Câmara nunca mais discutiu os assuntos. O assunto teria ficado pendente até hoje.
O Marília Notícia conseguiu acesso a detalhes de um desses processos, que tramitou na 1ª Vara Cível, referente à anulação da rejeição das contas de 2004. A decisão da Câmara saiu em 2008 e Abelardo procurou a Justiça dois anos depois.
Em fevereiro de 2011 a juíza Paula Jaqueline Bredariol de Oliveira acatou o pedido de Camarinha, que alegou “que não lhe foi dada oportunidade de defender-se e produzir prova perante o processo legislativo que culminou no decreto” de rejeição de suas contas.
A decisão da magistrada foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e em 2012 houve o trânsito em julgado.
Na época, o Legislativo alegou que Abelardo teve a oportunidade de fazer a sustentação oral de sua defesa, mas não compareceu. O TCE também havia recomendado a reprovação das contas, mas o que realmente vale é a decisão dos vereadores.
É a mesma estratégia que o filho Vinicius Camarinha (PSB) tem adotado quanto à rejeição de contas de quando foi prefeito (2013-2016). E tem dado certo, ele também já conseguiu anular uma rejeição de contas pela Câmara na Justiça.
No caso das contas de 2003, Abelardo perdeu em primeira instância, mas o TJ reformou a sentença e acatou seu pedido para anular o decreto legislativo que as desaprovaram.
Alysson escreveu no ofício à Câmara que, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), “as contas anuais do Chefe do Executivo devem ser julgadas exclusivamente pela Câmara de vereadores sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo, ficando assim afastada a prescrição”.
A reportagem apurou que o objetivo do governo municipal é abrir mais uma frente para tentar garantir que Abelardo fique fora da disputa pela Prefeitura de Marília nas eleições do ano que vem, já que a rejeição de contas pelo legislativo implica na inelegibilidade.
Na semana passada, vale lembrar, o plenário do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) manteve a inelegibilidade de Abelardo e Vinicius em outro caso, em que eles foram sentenciados por abuso de poder econômico nas últimas eleições municipais, em 2016.
Após questionamento feito pelo site ao TCE nesta segunda-feira (25), o órgão fiscalizador esclareceu que “após a apreciação da Câmara de Marília, quem determinará a inelegibilidade será o Tribunal Regional Eleitoral, que é o responsável pela aplicação da inelegibilidade por meio da Lei da Ficha Limpa”.
Outro lado
A equipe do MN procurou Abelardo para se manifestar sobre o caso. Em nota ele afirmou que “é mais um golpe sujo e ilegal contra mim, por medo de me enfrentar nas urnas no voto popular, porque ele (Daniel) está acostumado a fazer isso com credores”.
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