Tecnologia

Remini: app usa inteligência artificial para recuperar fotos antigas

Com o lema “Brings memories back to life” (ou “Traga memórias de volta para a vida”, em tradução livre), o aplicativo de fotos Remini teve um ‘boom’ de popularidade na última semana. Não é à toa: às vésperas do Dia das Crianças, muitos usuários usaram o app para recuperar fotos antigas da infância, manchadas e com baixa qualidade. Isso porque o aplicativo usa um sistema de inteligência artificial para aumentar a nitidez e resolução das fotos e resolver pequenas falhas como ‘riscos’ nas imagens.

O Remini está disponível na Play Store, loja de aplicativos do Android, e também na loja do iOS. Além do melhoramento de imagens antigas, o app tem outros recursos, como o face mash up —que mistura diferentes rostos em uma cara só—, uma ferramenta que transforma fotos em desenhos e outra que colore fotos em preto e branco.

O aplicativo funciona com base em ‘créditos’: a versão gratuita permite três melhoramentos de imagem por dia. A partir disso, é preciso assinar o recurso Pro da ferramenta, que vende créditos a partir de US$ 4,99 (com 7 usos extras) até US$ 99,99 (com 230 créditos).

Uso de dados pelo app é questão nebulosa

Para utilizar as ferramentas do Remini é necessário fazer um registro no aplicativo – o cadastro pede apenas e-mail e senha. Nos termos de privacidade, porém, o Remini deixa claro que as imagens são armazenadas em um banco de dados, o que reacende discussões sobre privacidade dos usuários e uso indevido de informações pessoais.

Há poucas semanas, o aplicativo FaceApp, utilizado para envelhecer fotos de usuários, foi alvo de polêmicas por ser um repositório de reconhecimento facial e chegou a ser questionado pelo Senado americano.

Os termos de privacidade e uso do Remini afirmam que ele é desenvolvido pela Dagong Technology (ou Dayu Technology), empresa com sede em Pequim, na China. De acordo com o texto, o Remini não compartilha informações com terceiros sem a permissão do usuário, ‘a não ser nos casos indicados’.

O aplicativo, porém, é pouco preciso em relação a quais são as circunstâncias de compartilhamento de dados. Uma das alternativas citadas é a requisição de informações pela Justiça, para segurança pessoal dos usuários. Além disso, o app cita explicitamente a análise de dados para desenvolvimento de produtos e serviços da própria empresa.

De acordo com o segundo artigo dos termos de uso, o app é regido pelas leis da República Popular da China – o que já gerou muita polêmica com outras empresas do país, uma vez que o governo pode requerer acesso às bases de dados das companhias que funcionam por lá. Já no quarto artigo dos termos e condições de uso, o Remini garante que usa uma ‘variedade de tecnologias de segurança’ e que a base de dados inclui informações como nome completo, número do celular do usuário e seu endereço IP.

Agência Estado

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