Tecnologia

Redmi Note 10 Pro é lançado no Brasil por R$ 3,4 mil

A Xiaomi anunciou nesta quarta-feira, 5, a chegada do Redmi Note 10 Pro em um evento online realizado pela marca. Com lançamento mundial em março deste ano, a estrela do evento une uma câmera de 108 megapixels (MP) à taxa de atualização de tela de 120hz — a nova aposta dos intermediários — e quer abrir um novo caminho no segmento de aparelhos no Brasil. O modelo chega às lojas em duas versões e vai custar até R$ 3,4 mil. A empresa também anunciou o Redmi Note 10S que deve chegar às lojas na próxima semana.

Em entrevista ao Estadão, Luciano Barbosa, chefe de operação da Xiaomi no Brasil, afirmou que a empresa quer começar o segmento de intermediários “superpremium”, ou seja, modelos que trazem ainda mais características de modelos mais caros dentro de uma faixa de preço menor do que R$ 4 mil.

Segundo ele, o modelo Redmi Note 10 Pro abre esse setor no Brasil, para fazer frente ao custo benefício de outros aparelhos concorrentes. A Motorola, por exemplo, lançou na semana passada o Moto G 60, um aparelho com a mesma câmera de 108 MP e taxa de atualização de 120hz, por R$ 2,7 mil.

“Por meio do lançamento de produtos no Brasil, a gente descobriu que esses novos segmentos funcionam por aqui. Até mesmo no nosso ecossistema começamos a lançar produtos mais premium aqui no País”, afirma Barbosa.

Quando chegou no Brasil, em 2019, a aposta da Xiaomi era justamente nos intermediários, segmento com um grande público no País, que poderia ajudar a consolidar a marca chinesa. A empresa começou a operação com sete smartphones, além de 100 produtos do ecossistema, que complementavam o desejo de ser conhecida como provedora de produtos intermediários de tecnologia por aqui.

Com câmera e tela atrativas para os consumidores, o Redmi Note 10 Pro quer mirar especificamente no público jovem — a geração Z, nas palavras da empresa — com mais de 25 anos. A visão da companhia é de atingir compradores que já tenham certo poder aquisitivo para investir em um modelo acima do intermediário comum.

A Xiaomi também anunciou no evento o Redmi Note 10S, aparelho com lente principal de 64 MP, ultra grande angular com 8MP, sensor de profundidade de 2MP e câmera macro de 2MP. A aposta é uma versão “simplificada” do modelo Pro, mas que promete o mesmo desempenho em bateria, processadores e carregamento rápido de 33W. O processador também segue o mesmo padrão do Note 10 Pro: Snapdragon 732G da Qualcomm, um processador considerado intermediário/avançado.

O Redmi Note 10S chega nas lojas apenas na próxima semana, com opções de 64 GB ou 128 GB de armazenamento, e memória RAM de 6 GB nos dois modelos. Nas cores branca, cinza e azul, o smartphone sai por R$ 2,8 mil na versão de 64 GB e R$ 3 mil no aparelho com 128GB.

Em quase dois anos de operação no Brasil, a Xiaomi já lançou 30 smartphones no País e segue com planos de expansão de lojas e produtos no País. De acordo com Barbosa, ainda há lançamentos de smartphones para o mês de maio, e que é preciso olhar para a empresa a longo prazo por aqui.

“Somos conservadores no nosso projeto. Agora, estamos em uma estratégia visando o longo prazo. Queremos expandir nossas lojas físicas, mas ainda não é o momento. A gente acredita que mesmo com pouco tempo, estamos com uma velocidade interessante. Queremos crescer, mas com um pé no chão”.

Redmi Note 10 Pro é realmente “pró”

Apesar do susto com o enorme conjunto de câmeras na traseira do celular — a lente principal é realmente grande em comparação às outras — o Note 10 Pro deixa uma boa primeira impressão no quesito fotos. São quatro lentes na parte de trás: grande angular de de 108MP, telemacro de 5MP, ultra angular de 8MP e um sensor de profundidade de 2MP.

Para essas câmeras, o modo de 108 MP precisa ser habilitado manualmente, então é preciso ficar atento às configurações do celular para aproveitar a máxima qualidade que é oferecida. Na lente frontal, a câmera é de 16MP, com modo retrato e modo noturno.

Outro ponto no primeiro contato com o aparelho é o tamanho da tela de Amoled — é a primeira vez que a tecnologia chega na linha Redmi Note. Com 6,67 polegadas, o modelo mede 16,4cm x 7,6cm e é semelhante ao anterior, o Redmi Note 9 Pro. Apesar disso, o celular fica bastante confortável na mão. O sensor para leitura de impressão digital ficou na parte lateral, junto com o botão de bloqueio — assim, é comum esbarrar nele e sentir o celular vibrando tentando ler a digital.

No desempenho, o Redmi Note 10 Pro vem equipado com processador Snapdragon 732G da Qualcomm e a já comentada taxa de atualização de tela de 120hz — essa também tem que ser habilitada manualmente, do contrário, a configuração padrão é de 60hz. O aparelho chega ao Brasil com 6 GB de RAM, e opções de armazenamento de 64 GB ou 128 GB.

A bateria tem 5.020 mAh — não é nada fora do comum na geração atual de smartphones. A grande vantagem é o carregamento rápido com o dispositivo de 33W. Grande como o resto do conjunto do aparelho, o carregador é capaz de entregar quase 60% de bateria em 30 minutos. O carregamento total pode ser feito em cerca de 1h.

Quanto a duração da bateria, com uso constante das redes sociais e de serviços como streaming, a carga dura um pouco menos do que o esperado, um pouco mais de 30 horas, porém, o suficiente para manter o aparelho longe da tomada por pelo menos um dia inteiro.

Sobre o software, o celular traz Android 11 com a interface MIUI 12, própria da Xiaomi. Apesar de ter sido lançada no ano passado, a MIUI 12 é muito confortável para o celular e dá um aspecto mais elegante ao sistema operacional Android. É um agrado a mais.

Nas cores dourado, azul e cinza, sempre em degradê, o aparelho com 128 GB de armazenamento chega ao mercado por R$ 3,4 mil, enquanto a versão com 64 GB sai por R$ 3,3 mil, ambas com RAM de 6GB.

No final das contas, o Redmi Note 10 Pro é um aparelho para quem está em busca de uma diferenciação entre os modelos Android e busca um bom conjunto de câmera e usabilidade no smartphone. Por até R$ 3,4 mil, o modelo fica pouco acima do que seus concorrentes, como o próprio G60 — aqui a diferença pode estar no fato de a Motorola ter produção local, enquanto a Xiaomi importa seus modelos. Então, a escolha, pautada no bolso, pode ser mais difícil. Mas se a verba cobrir o valor, o modelo é uma boa aposta para se ter em mãos.

Agência Estado

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