A Recicla Garça, cooperativa especializada em reciclagem e coleta seletiva, suspendeu suas atividades no dia 12 de março, alegando dificuldades financeiras. A entidade, que iniciou os trabalhos em 2021, afirma que a falta de diálogo com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente contribuiu para a crise.
Segundo a cooperativa, sem apoio financeiro da Prefeitura, o projeto corre o risco de ser encerrado, o que colocaria os cooperados em situação de vulnerabilidade socioeconômica e comprometeria uma política pública de sustentabilidade construída ao longo dos anos na cidade.
“Buscamos uma solução definitiva em parceria com a Prefeitura. Elaboramos planos de trabalho com respaldo técnico e aprovação da cooperativa, garantindo segurança e condições dignas aos catadores. Sem a Recicla Garça, o município tende a perder em sustentabilidade, e muitas famílias serão impactadas”, afirmou Cauê Pelegrineli, líder de unidade da cooperativa.
A entidade destaca que toda a sua infraestrutura foi instalada com recursos privados, sem investimento público direto, e que sua atuação contribui para reduzir o volume de resíduos enviados ao aterro sanitário, preservando o meio ambiente e gerando economia para o município.
Apesar da suspensão das atividades, a coleta seletiva continua sendo realizada por uma empresa terceirizada, por meio de contrato emergencial. O destino dos materiais, no entanto, deixou de ser a cooperativa.
Com capacidade para processar até 240 toneladas por mês, a Recicla Garça atuava em parceria com a Prefeitura, empresas locais e o Instituto Recicleiros, promovendo economia circular e inclusão social. Em 2023, foram realizadas 221 ações de mobilização e educação ambiental, com quase 17 mil pessoas envolvidas e 205 toneladas de materiais recicláveis destinadas corretamente — o que representou cobertura de 85% da população.
OUTRO LADO
A Prefeitura de Garça informou que a cooperativa atua na cidade sem subvenção há vários anos. Atualmente, segundo nota oficial, o município custeia dois caminhões para coleta de materiais recicláveis, com custo mensal de R$ 62 mil.
Ainda de acordo com a administração municipal, uma subvenção no valor de R$ 28 mil mensais foi aprovada em setembro de 2023, com previsão de pagamento por quatro meses. No entanto, apenas uma parcela teria sido repassada.
A cooperativa teria solicitado uma subvenção permanente de R$ 60 mil por mês, sob argumento de que os R$ 28 mil seriam insuficientes para manter as atividades.
“Fomos entender o processo e visitar outras cooperativas. Em nosso entendimento, a venda dos materiais recicláveis deveria sustentar as operações, desde que não haja excessos, principalmente em cargos administrativos. Como não houve acordo, a cooperativa interrompeu os trabalhos. Estamos estruturando uma nova cooperativa para substituí-la”, informou a Prefeitura em nota.
Um homem de 37 anos morreu após ser baleado por policiais militares na madrugada desta…
Inscrições são gratuitas e seguem até 18 de dezembro (Foto: Divulgação) A Prefeitura de Marília…
Formação ofereceu conceitos, ferramentas e estratégias para docentes da rede pública (Foto: Divulgação) A Universidade…
Bárbara Mendes e Lorrayne Katarina são destaques da equipe adulta (Foto: Divulgação) Duas atletas do…
Apresentações terão entrada solidária, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível (Foto:…
Ação ocorre para garantir a segurança dos visitantes (Foto: Divulgação) A Secretaria Municipal do Meio…
This website uses cookies.