Fundada em 2018, a fabricante chinesa de smartphones Realme tem apostado em celulares com as mais variadas características no mercado brasileiro. O mais importante, porém, é que eles sempre estão chegando com preços baixos que a concorrência, que sofre com a alta do dólar, algo que vem prejudicando de modo geral o preço da categoria de aparelhos telefônicos no Brasil.
A marca anunciou três smartphones no País: o topo de linha Realme 8 Pro (R$ 2,6 mil), o intermediário Realme C25 (R$ 1,6 mil) e o aparelho de entrada Realme C11 (que não teve o preço nem data de lançamento revelados). Os dois celulares revelados, enviados para o Estadão para testes, chegam às lojas a partir de 28 de junho e 1.º de julho, respectivamente, e poderão ser comprados nos sites da varejista B2W, dona das marcas Americanas, Submarino e Shoptime.
Primeiramente, é preciso dizer que, em mãos, tanto o topo de linha quanto o intermediário são bem similares, com pequenas diferenças que aparecem conforme o uso. Ambos rodam Android 11, não têm antenas para 5G (o que não deve afastar o consumidor brasileiro, já que esse tipo de conexão deve ficar disponível somente em 2023 e sem grande alcance nas cidades brasileiras) e têm armazenamento de 128 GB. A tela é de 6,5 polegadas e a câmera frontal é de lente única. As semelhanças acabam aí.
Este texto irá focar no C25, o aparelho intermediário e a estreia da série “C”, da Realme, no País. Em outro momento, vamos discutir o 8 Pro, continuação do 7 Pro, lançado em janeiro passado como primeira aposta da chinesa no Brasil — aliás, vale adiantar que o 7 Pro é um celular mais potente que o sucessor, que fez algumas escolhas difíceis para justificar o preço mais baixo.
Realme C25: duro na queda
A Realme não estava brincando quando disse que o C25 era “duro na queda”. Para os testes, a fabricante enviou algumas nozes para que o usuário tentasse quebrá-las com a tela ou parte de trás do aparelho.
Sejamos sinceros: ter um celular quebra-nozes de nada adianta. Mas pode vir a ser útil em quedas bruscas. O aparelho é até mais pesado, com aproximadamente 210 gramas (o Realme 8 Pro, por exemplo, pesa 175 g aproximadamente), mas isso não chega a ser um incômodo no manuseio.
O que incomoda um pouco mais é a qualidade da câmera, que não resiste ao teste de ambientes noturnos ou com iluminação artificial (como salas e quartos). Os tons ficam muito puxados para o branco nas fotos do tipo selfie (com a câmera frontal) e, na traseira, o ruído fica bastante aparente ao dar um zoom na imagem.
A Realme comemora o fato de o aparelho ter três lentes na câmera traseira, que chegam a 48 megapixels (a câmera de selfie tem 8 megapixels). Mas, depois de quase 15 anos com smartphones no mercado, já sabemos o que importa é como ocorre o processamento das imagens tiradas, e não números exagerados de especificações. Ou seja, é mais o poder do software (aliado a uma boa inteligência artificial) do que lentes ultramodernas — é por isso que o iPhone tem uma das melhores câmeras do mercado, ainda que tenha poucos megapixels.
Falando no software da câmera, a Realme reproduz um problema bastante controverso: a possibilidade de, já no aparelho, o usuário alterar traços físicos do fotografado, como aumentar olhos, afinar nariz e “enxugar” bochechas logo antes de tirar a foto. Como se fosse um Photoshop, é possível, de forma discreta mas bastante efetiva, modificar a própria aparência, como um filtro de Instagram antes da foto ser tirada.
Outro incômodo da câmera é que ela puxa muito o branco nos tons das imagens, que ficam com aspecto estourado.
Bateria para dois dias
O Realme C25 dura, facilmente, dois dias sem encostar no carregador. O aparelho tem uma bateria de 6.000 mAh — marca que Galaxy M31, da Samsung, e Moto G60, da Motorola, também têm. O recurso faz com que o telefone aguente cerca de 48 horas conectado ao Wi-Fi com uso moderado (nada de abusar de jogos, séries de TV ou música sem fone). A Realme diz que o aparelho dura 25 horas com o YouTube ligado e até 115 horas no Spotify. Resta aguardar, no uso diário de meses e meses, o quanto demora para essa bateria não viciar e perder a eficiência.
Outro ponto positivo é o reconhecimento facial, que é bem rápido para destravar o smartphone. Em tempos de covid-19, há um sensor de leitor biométrico de dedo na parte traseira, bastante útil para quando estamos de máscara na rua — apesar de não ser tão eficiente quanto a outra alternativa.
De modo geral, o Realme C25 é um bom smartphone intermediário. A tela é grande, o leitor de reconhecimento facial é prático, o aparelho tem boa “pegada” na mão, a bateria é enorme e o processador Helio G70, da fabricante MediaTek, dá conta do recado. A câmera deixa a desejar. Não espere fazer grandes fotos.
Como a Realme é uma companhia com pouca estrada no mercado, só o tempo vai dizer o quanto a durabilidade dos aparelhos resistem ao uso no dia a dia. Bateria, processador e atualizações de software são as maiores dores para usuários de longa data. Algumas concorrentes ficam para trás nesse aspecto. Vamos ver como a Realme se sai.
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