A Polícia Civil de Marília está apurando uma denúncia feita por um autônomo de 26 anos, que afirma ter sido vítima de agressões, ameaças e abuso de autoridade por parte de policiais militares da Força Tática. O caso foi registrado na madrugada de sábado (24) e, segundo o denunciante, teria ocorrido na noite anterior, durante uma abordagem no bairro Palmital.
O Marília Notícia teve acesso ao boletim de ocorrência, no qual o jovem relata que trafegava com um Chevrolet Astra por volta das 23h30 de sexta-feira (23), quando foi abordado por uma viatura da Força Tática com quatro policiais. Ele afirma que outras três viaturas chegaram em seguida, totalizando cerca de 16 agentes, segundo sua estimativa.
De acordo com o relato registrado na Polícia Civil, os policiais teriam revistado o carro e o celular do rapaz, sem encontrar qualquer irregularidade. Mesmo assim, ele alega que foi agredido com socos na cabeça e no abdômen, além de ameaçado com uma arma de fogo.
O denunciante também afirma que um dos policiais mostrou uma sacola com drogas, que teria sido colocada dentro de seu veículo sob ameaça de que seria incriminado, caso não colaborasse. Ele diz que os agentes exigiram informações sobre uma suposta arma de fogo calibre 9mm, e que um dos PMs teria inserido um número de celular em seu aplicativo de mensagens, prometendo entrar em contato na terça-feira seguinte. Segundo ele, foi alertado de que, se não entregasse a arma, drogas seriam “plantadas” em seu carro.
Ainda segundo o jovem, a ação teria durado cerca de duas horas. Ele afirma ter sido liberado após o episódio e procurado atendimento médico com auxílio da família. O boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial, e ele foi orientado a realizar exame de corpo de delito.
O caso será encaminhado para investigação e o comando da Polícia Militar deve ser formalmente notificado pela Polícia Civil.
Nota da Polícia Militar
Em nota enviada ao Marília Notícia, o 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior informou que, até o momento, não recebeu qualquer documentação formal da Polícia Civil e que não há registros internos sobre a ocorrência. A corporação reforçou o compromisso com os direitos humanos e a ética na atividade policial, destacando que eventuais denúncias formais serão devidamente investigadas.
Veja a nota da PM na íntegra:
“Em resposta ao pedido de informação fulcro, o 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior esclarece que até o momento não aportou nenhuma documentação formal da Polícia Civil, bem como não há registros internos relativos a tais ocorrências. Contudo, reafirmamos o compromisso inabalável da Polícia Militar com os direitos humanos, o respeito à sociedade e a ética no exercício de suas funções, sendo que a Instituição está dedicada, acima de tudo, a servir e proteger a comunidade com integridade e responsabilidade. Destacamos que, caso venha a ser recebida qualquer reclamação formal ou denúncia relativa a desvios de conduta, todos os fatos serão devidamente apurados, com total esclarecimento e responsabilização, se for o caso.”
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