Marília

Prefeitura abre processo contra empresa por salário atrasado

Em protesto recente, vigias chamaram a atenção para os salários atrasados (Foto: Divulgação)

A empresa 3S Vigilância, que tem contrato vigente com a Prefeitura de Marília, para manter funcionários no Pronto Atendimento da zona Sul (PA Sul), pode ser punida por não comprovar regularidade no recolhimento de encargos sociais, com prejuízos aos trabalhadores.

Publicação da Corregedoria Geral foi feita no Diário Oficial do Município de Marília (Domm) na edição desta quarta-feira (19). A empresa, acusada de atrasar salários e causar greve dos funcionários, virou alvo de processo administrativo punitivo.

Comissão especial vai apurar eventual descumprimento do contrato assinado pela 3S Vigilância com a Prefeitura, por “supostamente, deixar de entregar os comprovantes de recolhimento dos encargos sociais referentes aos seus empregados”, aponta portaria publicada.

Edson Ricardo Carlos, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Vigilância na Segurança Privada, Conexos e Similares de Bauru e Região, explica que a situação dos funcionários é dramática.

Sindicalista diz ainda que a greve, infelizmente, deixa vulneráveis os funcionários da Saúde, mas não há o que fazer. “Estamos estudando pedir rescisão unilateral de contrato, infelizmente. Não é isso que um pai de família que precisa do emprego quer, mas estamos sendo forçados”, lamenta.

A greve já completou dez dias. “No dia 12 deste mês entramos com uma ação, requerendo que a Prefeitura repasse os valores devidos à empresa, retidos por essa questão da não regularidade de encargos, para que esse dinheiro seja direcionado aos trabalhadores, via sindicato”, disse.

A petição da entidade representativa ainda não foi respondida pela Justiça. O município já se manifestou, segundo o sindicato, favorável a fazer os depósitos, mas em juízo – o que não daria acesso aos trabalhadores.

“Teríamos que entrar com ações, o que levaria muito tempo. Por isso, defendemos um acordo para que esse dinheiro já seja transferido da Prefeitura aos pais de família, via sindicato, com homologação da Justiça do Trabalho”, defende Edson.

Trabalhadores estão sem salários desde março (Foto: Divulgação)

OUTRO LADO

Em nota, a 3S informa que “sempre teve como uma de suas principais características a observância e obediência à princípios de responsabilidade, investindo permanentemente no aperfeiçoamento de suas relações com a sociedade civil e, especialmente, com seus clientes e colaboradores.”

A íntegra do documento pode ser conferida [clique aqui].

Até a atualização da reportagem, a Prefeitura não havia se manifestado sobre o assunto. O espaço permanece aberto.

Carlos Rodrigues

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