Inauguração de leitos de retaguarda (Foto: Leonardo Moreno/Marília Notícia)
Um dia após negar o pedido de importação da vacina Sputnik V, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi criticada pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB). Indignado com a negativa, o chefe do Poder Executivo de Marília aproveitou a inauguração dos leitos de retaguarda – na manhã de hoje – e fez um desabafo aos presentes.
“Assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou os municípios a comprarem a vacina, nós iniciamos uma negociação com um fundo russo para a aquisição de 30 milhões de doses da Sputnik V, sendo 400 mil para Marília. Mas, infelizmente, a Anvisa negou, não aprovou essa compra. Fico indignado sim, porque se o mundo já deu 98% de eficiência, por que o Brasil não aprova essa vacina? Era uma expectativa de já termos todas essas vacinas agora para maio e, assim, imunizar toda a cidade”, lamentou.
Como mostrou o Marília Notícia em reportagem anterior, a compra das doses estava sendo articulada pelo “Consórcio Conectar”, organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), com a participação de 1.820 municípios do país, inclusive Marília.
“Não sei quais os interesses. Infelizmente, [a Anvisa] negou. É muito triste, neste momento que a gente busca solução, como se não bastasse os confiscos que acontece das compras de insumos, disso ou daquilo, e agora a tão preciosa vacina, nós também estamos tendo dificuldade. Infelizmente não deu certo. Não tem problema, estamos iniciando conversas com outros laboratórios, e não vamos desistir”, garante Alonso.
CPI
Ainda no encontro, o chefe do Poder Executivo municipal aproveitou a oportunidade e falou sobre o pedido de instalação da CPI da Covid, protocolado na Câmara Municipal nesta última segunda-feira (26).
“A CPI neste caso da Covid é uma ótima oportunidade para que? Para esclarecer porque se fez tantas ‘fake news’ com relação a investimentos, a omissão, a isso e aquilo. É de suma importância a gente trazer luz a todo trabalho que foi realizado, que não foi trabalho de um só, mas de uma equipe muito grande que envolve Secretaria da Saúde, os hospitais, muita gente. E preciso que se faça a justiça de, pelo menos, trazer à tona a verdade de tudo isso”, destaca.
Segundo Alonso, o trabalho precisa ser feito. “A Câmara é cobrada da mesma forma que é o prefeito, da mesma forma que é cobrado o secretário e cada um de vocês [profissionais da saúde] na hora que chega um familiar desesperado, porque o pai, a mãe ou o filho, marido ou esposa, chega morrendo ou sem ar, pedindo socorro, pedindo ajuda. Então todos nós sofremos a mesma pressão”, completa.
Para o chefe do Executivo, a CPI vai tratar o assunto de forma técnica, “e não com truculência, invadindo hospitais, invadindo postos de saúde e ameaçando e ofendendo servidores. Isso nenhum de nós admitimos, nem vamos admitir. Então, que faça tudo dentro da CPI, com respeito, com clareza, de forma técnica”, finaliza.
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