Marília

Prédio abandonado cedido para a Saúde gera problemas

Prédio abandonado gera problemas na região da praça São Miguel (Foto: Leonardo Moreno)

Um prédio em situação de abandono, com cessão de uso para a administração municipal, no entorno da Praça São Miguel, têm gerado problemas para as redondezas.

Com danos no telhado, o imóvel estaria com acúmulo de água, proliferação de pragas urbanas e lixo depositado.

A ironia é que o local fica exatamente ao lado da garagem da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), que não consegue vistoriar o imóvel em ruínas para verificação e combate às larvas do Aedes Aegypt. Chaves e cadeados impedem o acesso ao interior.

Após receber denúncias sobre o caso, a reportagem esteve no prédio que fica no mesmo quarteirão que a pista de skate, na rua Luiz Gerônimo Fernandes.

Funcionários que não quiseram se identificar conversaram com o Marília Notícia e pediram ajuda. “Antigamente nós pegávamos as chaves com o pessoal do departamento de Zoonoses, mas agora mudou de mãos e não estamos conseguindo fazer a vistoria”.

Os funcionários da Sucen fazem nos arredores o controle de focos de proliferação do mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. Mas o prédio vizinho não é verificado há meses.

“Já encontramos larvas ali. O prédio ficou todo destelhado e a chuva cai lá dentro, destrói um monte de documentos de arquivo morto, e serve de lar para pombas, ratos e outros bichos”, comenta um funcionário.

Outro lado

Procurada pelo MN, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, “que o prédio pertence ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Estado de São Paulo. Desde 2008, está vigente um contrato de cessão de uso para o município”.

“Diante da não utilização, constatada pela atual administração, a secretaria municipal de Saúde (pasta que fez o uso do espaço) recomendou uma vistoria do setor de arquitetura e engenharia da Prefeitura. Serão verificadas as condições do local, para definição de uso ou destinação/devolução”, diz nota enviada.

Sobre o acúmulo de água e foco de proliferação de larvas, a “secretaria esclarece que o local está devidamente fechado e é periodicamente vistoriado pela Divisão de Zoonoses, não existindo registro de problemas relacionados ao Aedes Aegypti”.

Imóvel fica ao lado da garagem da Sucen, que não pode verificar e combater larvas do Aedes Aegypti (Foto: Leonardo Moreno)

Prédio em ruínas está com telhado danificado e serve para a proliferação de pragas urbanas (Foto: Leonardo Moreno)

Portas estão fechadas com chaves e cadeados, o que impede a vistoria (Foto: Leonardo Moreno)

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

Recent Posts

Resultados do Enamed e do Revalida serão divulgados na próxima semana

Os resultados do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) 2025 e da 1ª…

6 horas ago

Saques na poupança superam depósitos em R$ 2,85 bilhões em novembro

As retiradas em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$…

7 horas ago

Quase 20% da população de favelas vivem em vias onde não passam carros

Para 3,1 milhões de moradores de favelas brasileiras, a chegada de uma ambulância na porta…

7 horas ago

Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ

Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…

8 horas ago

Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte

Dois homens armados invadiram uma casa na tarde desta quinta-feira (4), no bairro Maracá III,…

9 horas ago

Homem em situação de rua bate no rosto e rouba pedestre no Centro de Marília

Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (4) após…

10 horas ago

This website uses cookies.