A implementação de um novo modelo de voto impresso não é nenhuma unanimidade entre a classe política no Brasil, nem em Marília. A reportagem conversou com algumas das principais lideranças locais sobre o tema e as opiniões divergem.
O relatório da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo governo Jair Bolsonaro foi rejeitado em comissão especial na Câmara dos Depurados nesta quinta-feira (5). Mesmo assim, a propositura ainda pode ir à votação no plenário.
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) é um exemplo de político que rechaça o que classifica como retrocesso e, em entrevista ao Marília Notícia, disse confiar na tecnologia.
“Voltar ao impresso é mesma coisa que acabar com o PIX e voltar todo mundo a usar só cheque”, classifica o chefe do Executivo mariliense. “Eu confio no sistema de urna eletrônica, sim. Já vi funcionando”, diz.
“Quando eu comecei a trabalhar, fazendo gestão empresarial, tudo a gente fazia na caneta, orçamento na caneta, a conta era feita na caneta. O cheque às vezes demorava um mês para ser compensado”, lembra Alonso.
Já o presidente da Câmara, vereador Marcos Rezende (PSD), não concorda com o posicionamento do presidente da República de não aceitar o resultado das urnas. Contudo, é a favor de um sistema que seja passível de minuciosa perícia.
“Por pior que sejam os ministros, nós temos que respeitar as instituições constituídas no nosso Brasil. É muito ruim para a democracia esse procedimento do presidente. Por outro lado, se eventualmente, nós tivermos que contestar algo, nós teríamos que ter a oportunidade de ‘peritar’ a transmissão dos resultados”, pontua.
Outro vereador de Marília, Rogério Alexandre da Graça (PP), se diz a favor do voto impresso, mas é contra uma mudança feita a toque de caixa, sem a devida discussão que o tema merece.
Rogerinho, como é chamado, faz parte do Partido Progressista, legenda que pode receber a filiação do presidente Jair Bolsonaro, hoje sem nenhuma sigla. “Não deve ser aprovado em Brasília devido ao tempo para a próxima eleição”, pondera sobre a mudança para o voto impresso.
“Minha opinião sobre o voto impresso: seria favorável. Mas também tem o caso de que na eleição democrática, o eleitor tem o direito de não mostrar em quem votou. No momento, sou a favor de deixar como está é fazer um estudo melhor sobre isso”, completa o parlamentar do PP.
O colega de cadeira e de legenda Elio Ajeka garante que o sistema da urna eletrônica é praticamente “inhackeável”. Contudo, acredita que essa é uma questão a ser pensada. “Acho que tem que questionar todos os lados positivos e negativos do voto impresso ou do sistema eletrônico.”
A reportagem também tentou ouvir o deputado estadual Vinicius Camarinha (PSB), líder do governo João Doria (PSDB) na Assembleia Legislativa, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.
Em julho, o MN também conversou com o juiz estadual Luís César Bertoncini, responsável pela 70ª Zona Eleitoral (ZE) de Marília, sobre o voto impresso. Para o magistrado, a implementação representaria um “enorme retrocesso”.
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