O soldado Renato Taroco, do 9º Batalhão da Polícia Militar, de Marília, à direita (Foto: Divulgação)
O soldado Renato Taroco, do 9º Batalhão da Polícia Militar, de Marília, ganhou a etapa nacional do Prêmio Heróis Reais com quase 4 mil votos. O fim da votação, que era via internet, e a entrega do prêmio, na cidade de São Leopoldo (RS) ocorreram na quinta-feira (14).
Taroco foi homenageado em um evento com a presença de autoridades e organizadores do prêmio, como Marcos do Val, militar da reserva e especialista em segurança. Na etapa Sudeste ele recebeu ainda mais votos do que na votação final: 12 mil votos.
A etapa nacional foi mais curta e acabou tendo seu final antecipado. Em entrevista exclusiva ao Marília Notícia, Taroco falou sobre o prêmio.
“Agradeço a todos os policiais militares, civis, agente penitenciários, população em geral que compartilhou, que se sensibilizou com minha ocorrência, a todos. Eles não negaram pra mim. Eles me deram esse prêmio. Não é um soldado que fala aqui. É um pai de família que entrou na polícia com ideal”, disse.
O prêmio simboliza o reconhecimento de Taroco por ter praticado “ato incomum de coragem; audácia no cumprimento do dever ou além deste, exteriorizada em feitos úteis às operações policiais; e resultados alcançados e exemplo dado no cumprimento do dever”, de acordo com a organização do Prêmio.
Ao MN Taroco revelou com emoção que todos os dias se lembra daquela noite em que tudo aconteceu. “Eu ainda vivo aquele dia. Me machuquei. 40% do braço, 75% da perna, 50% da coluna. Sequelas. Eu ainda vivo aquele dia. E graças aos meus irmãos de farda que trabalharam comigo, eles não me negaram essa vitória”.
Taroco
A história que levou Taroco ao concurso impressiona. Em uma madrugada em abril de 2015, na rodovia Manílio Gobbi (SP-284), no entorno da cidade de Paraguaçu Paulista (distante 78 quilômetros de Marília), o soldado sofreu diversas lesões durante serviço ao socorrer dois colegas de farda.
As vítimas haviam sofrido um acidente de trânsito envolvendo viatura e um veículo Volkswagen Golf, conduzido por um fugitivo.
Taroco fazia o acompanhamento do automóvel em fuga conduzido por um acusado de tentativa de homicídio na cidade de Echaporã (distante 41 quilômetros de Marília) que ia no sentido de Paraguaçu.
O motorista, na tentativa de se suicidar, jogou o veículo contra a viatura onde estavam as vítimas que atuavam no apoio ao cerco policial. O impacto se deu a quase 200 quilômetros por hora.
Com a colisão os policiais foram arremessados para fora da viatura, que caiu por cima deles. Os carros começaram a pegar fogo e Taroco partiu para o salvamento tanto dos militares, quanto do motorista que causou o acidente.
Durante o resgate, Taroco sofreu diversas lesões na parte direita do corpo, abrangendo braço, coluna, cocha, panturrilha e tornozelo em circunstância de alto risco e gravidade.
Por conta dos ferimentos, o motorista e um dos policiais que ficou debaixo da viatura, infelizmente, acabaram falecendo.
No entanto, ficou a marca da bravura de Taroco no episódio. Mesmo diante da situação e do intenso sofrimento das lesões sofridas, ele não se absteve do seu compromisso com a defesa da vida.
(Foto: Divulgação)
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