PF cumprindo mandados no ano passado (Foto: Arquivo MN)
A Polícia Federal de Marília deflagrou, nesta segunda-feira (7), a segunda fase da Operação Deméter e cumpriu três mandados de busca e apreensão, com a finalidade de aprofundar a investigação contra fraudes a procedimentos licitatórios, corrupção de servidores públicos e superfaturamento de preços relativos a pregões presenciais para aquisição de frutas, verduras e outros produtos, no município de Marília.
A fase um teve início a partir de denúncia de inclusão indevida de cláusula abusiva, no transcurso de pregão presencial nº 162/2017 a qual, em tese, restringiu a participação de interessados na licitação mediante a exigência de visita técnica obrigatória aos locais de entrega dos produtos, o que seria vedado por se tratar de concorrência de baixa complexidade.
Segundo o apurado no inquérito policial, a inclusão de referida cláusula, ao restringir a competição, pode ter gerado o superfaturamento dos preços dos itens licitados, além de possível pagamento de valores a servidores públicos municipais no transcurso do contrato firmado.
Foi apurado ainda que a empresa vencedora deste procedimento licitatório venceu outros pregões presenciais na sequência, os quais também serão objeto de análise para apuração de eventuais fraudes.
Na primeira fase da operação, o Marília Notícia obteve com exclusividade o nome de dois funcionários públicos de carreira investigados na operação. Trata-se de Maycon Valdeir de Souza, pregoeiro da Secretaria Municipal da Fazenda, e Camila Dias Correa de Oliveira, que trabalhava no setor de compras da coordenadoria da alimentação municipal.
Na época em que foi deflagrada a primeira fase da operação, a mulher já estava afastada do serviço, por portaria instaurada pela própria administração.
Em junho do ano passado, o MN também mostrou que o dono da empresa Gilson Neves Ramos ME, de Juquiá – região de Registro – foi condenado à prisão por tentativa de fraude em licitação em Miracatu (distante 538 quilômetros de Marília). Na época, o réu seria representante de outra empresa.
Nesta segunda fase dois mandados foram cumpridos em Marília e um na cidade de Registro. Os alvos não foram revelados pela PF.
Os investigados poderão responder, no limite de suas responsabilidades, pelos crimes previstos nos artigos 90 e 96, I e V da Lei nº. 8.666/90 e artigos 317 e 333 do Código Penal, sem prejuízo de outras tipificações constatadas no transcurso da investigação.
O nome da operação foi inspirado na mitologia grega, pois Deméter é considerada a deusa da agricultura, possuindo autoridade divina e controle absoluto sobre as plantas e a colheita.
PREFEITURA
A Prefeitura de Marília emitiu nota à imprensa sobre o caso no final da manhã. Confira na íntegra abaixo.
“Em relação à operação da Polícia Federal, complemento da realizada em maio do ano passado, a Prefeitura de Marília informa que mais uma vez atendeu a todas as solicitações dos agentes federais e que os mesmos não retiraram nenhum documento/aparelhos da Prefeitura.
Esclarecemos a toda população que é de interesse desta administração, que pauta seus atos pela legalidade e honestidade, que seja apurada a denúncia para total transparência desta gestão eficiente”.
Vítima teve óbito constatado ainda no local (Foto: Alcyr Netto/Marília Notícia) Um acidente de trânsito…
Bild promoveu coquetel para compradores do Villá (Foto: Geovana Rodrigues/Marília Notícia) Há bairros que carregam…
Um jovem de 29 anos afirma ter sido vítima de sequestro relâmpago no bairro Jardim…
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante por embriaguez ao volante na noite…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou a sentença do júri…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
This website uses cookies.