O diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, afirmou nesta terça-feira (14) que a estatal prefere ter um parceiro na Braskem e que eventual compra de 100% da petroquímica só ocorreria em caso de “risco extremo”.
“A Petrobras não vai deixar o ativo se deteriorar”, disse em teleconferência com analistas para detalhar o resultado do primeiro trimestre de 2024 da petroleira, que registrou queda de 38% no lucro do período, para R$ 23,7 bilhões.
A possibilidade de compra da fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem havia sido levantada pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista à agência EPBR na semana passada, diante de retirada de proposta pela Adnoc, dos Emirados Árabes Unidos.
A Novonor já recebeu três ofertas de compra de sua participação na petroquímica, mas todas foram retiradas. Atualmente, a operação é avaliada pela estatal de petróleo do Kuwait, que ainda não formalizou proposta.
A Petrobras é sócia na Braskem. Por isso, tem a opção de vender sua fatia pelas mesmas condições oferecidas à Novonor ou de comprar a porção de sua parceira por condições semelhantes à oferta vencedora. Pode, ainda, adquirir a participação da Novonor para depois revender, como afirmou Prates.
“O modelo que a Petrobras mais vê com bons olhos é o modelo de uma cogestão, no qual a Petrobras não seria majoritária na operação”, disse Leite nesta terça. Um cenário em estudo seria elevar sua fatia dos atuais 47% para até 50%, continuou.
A compra total, ressaltou, só seria feita em caso de falta de ofertas de terceiros. Leite destacou, porém, que a operação seria estruturada de modo a não impactar o endividamento da estatal, hoje no menor nível desde 2010.
A Petrobras já realizou suas análises sobre a Braskem e diz considerar ter “importantes sinergias” com suas operações. Leite afirmou que a estatal já tem uma avaliação detalhada sobre a tragédia de Maceió e seus impactos sobre a petroquímica.
O diretor financeiro da Petrobras também minimizou declarações dadas por Prates na semana passada a respeito de recompra de fatia na refinaria de Mataripe, privatizada durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Prates disse que novidades sobre o caso deveriam ser anunciadas em breve, mas Leite afirmou nesta terça que a estatal ainda estuda se faz sentido voltar a ter participação na refinaria, hoje operada pelo fundo árabe Mubadala.
POR NICOLA PAMPLONA
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