Fernando Rodrigues é diretor da Magnun, um dos principais players do mercado desde 1964 (Foto: Divulgação)
O julgamento sobre a inclusão do Imposto Sobre Serviços (ISS) na base de cálculo do PIS/Cofins tem causado apreensão entre contribuintes, especialmente após a suspensão da votação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o placar em quatro votos a dois pela exclusão do ISS. Essa decisão, se confirmada, trará alívio significativo aos contribuintes, reduzindo a carga tributária e alinhando-se à lógica da exclusão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A discussão gira em torno de entender se o ISS, um imposto municipal, deve ou não compor a base de cálculo de tributos federais como o PIS e a Cofins. Até agora, quatro ministros votaram pela exclusão do ISS dessa base de cálculo, defendendo que o tributo municipal não configura receita própria das empresas e, portanto, não deve ser tributado novamente.
Caso o ISS seja excluído, as empresas terão a oportunidade de rever seus cálculos e buscar a recuperação de valores pagos indevidamente nos últimos anos. Essa exclusão poderia desonerar empresas, melhorando seu fluxo de caixa e contribuindo para um ambiente de negócios mais justo e competitivo. A decisão é especialmente importante para setores onde o ISS tem grande impacto, como serviços e construção civil.
Por outro lado, a manutenção do ISS na base de cálculo pode continuar onerando as empresas e elevando a carga tributária, além de perpetuar inseguranças jurídicas e aumentar a complexidade tributária no país. A indefinição atual gera incertezas, especialmente para as empresas que já iniciaram ações para reaver valores pagos a maior com base na exclusão do ICMS.
A suspensão do julgamento sem data prevista para retomada agrava essa insegurança. As empresas, especialmente as de maior porte, precisam agora aguardar a definição final do STF, que terá impactos diretos não apenas em suas operações financeiras, mas também na forma como gerenciam seus riscos tributários e planejamentos fiscais futuros.
Diante desse cenário, o papel do planejamento tributário ganha ainda mais relevância. As empresas precisam estar atentas às decisões do STF e preparar suas estratégias de acordo com os possíveis desdobramentos do julgamento. A atuação conjunta com especialistas em direito tributário será crucial para minimizar impactos e buscar a melhor eficiência tributária possível.
A exclusão do ISS pode significar um avanço na luta dos contribuintes contra a bitributação e uma forma de garantir que o sistema tributário brasileiro se torne mais justo e menos oneroso para as empresas, especialmente em um cenário econômico tão desafiador como o atual.
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Fernando Rodrigues é diretor da Magnun, empresa que é um dos principais players do mercado paulista desde 1964. A Magnun oferece serviços de contabilidade, BPO Financeiro, gestão empresarial e otimização tributária.
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