Variedades

‘Nossa Senhora do Nilo’ tem exibição gratuita no Clube de Cinema de Marília nesta 5ª

A Secretaria Municipal da Cultura, em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS), exibe nesta quinta-feira (13), às 20h, o filme “Nossa Senhora do Nilo”, uma obra cinematográfica que se passa em Ruanda, na África.

Inspirado no romance de mesmo nome (homônimo) da autora ruandesa Scholastique Muksonga, nascida em 1956 e hoje radicada na França, “Nossa Senhora do Nilo” narra as trajetórias de meninas enviadas ao liceu, um colégio localizado no alto de um morro, a 2.500 metros de altura.

“Mas a Nossa Senhora do Nilo era negra, o rosto negro, as mãos negras, os pés negros. A Nossa Senhora do Nilo era uma mulher negra, uma africana, e por que não, uma ruandesa?”, escreveu Scholastique, que sobreviveu à guerra civil em Ruanda e ao massacre no instituto de educação que, assim como no livro, também é retratado no longa.

A sessão será na Sala Municipal de Projeção do CCM Emílio Pedutti Filho, localizada no Complexo Cultural Braz Alécio, avenida Sampaio Vidal, 245 (piso superior).

Pontos MIS é um programa de difusão audiovisual do Museu da Imagem e do Som (MIS), que tem ampla parceria com a Secretaria Municipal da Cultura, oportunizando a realização de oficinas, exibições e ações culturais.

Lançado em 2019 (o romance de Scholastique Mukasonga havia sido publicado em março de 2021), o filme tem classificação etária para 16 anos e é uma produção da Bélgica, França e Ruanda com 93 minutos de duração. Tem direção de Atiq Rahimi e é ambientado no ano de 1973.

“Nossa Senhora do Nilo” é um filme que busca revisitar um tema complexo e já explorado pelo cinema: as disputas entre tutsis e hutus após a independência de Ruanda, na África Oriental.

Diferentemente de “Hotel Ruanda” (Terry George), filme clássico sobre o tema, o longa de Rahimi se propõe a reconstruir a vida em Ruanda antes da independência proclamada por hutus.

Assim, é apresentada a realidade de Ruanda de 1973, a partir de um instituto de educação criado para mulheres da elite local ainda em um contexto de dominação colonial. A escalada de violência que levou a um dos mais aterrorizantes processos de genocídio modernos promovidos contra os tutsis é apresentado apenas de modo breve no ato final.

“Nossa Senhora do Nilo” é um conceituado colégio interno católico situado no alto de uma colina, onde garotas são preparadas para pertencer à elite ruandense. Com a proximidade da formatura, essas meninas, sejam elas hutu ou tutsi, compartilham o mesmo dormitório e dividem sonhos e preocupações.  Mas em todo o país, assim como dentro da escola, antagonismos profundos ecoam, mudando a vida dessas jovens — e de toda a nação — para sempre. Imagens de um simbolismo profundo fazem alusão à violência genocida que em 1994 tomaria conta de toda Ruanda.

SERVIÇO

‘Nossa Senhora do Nilo’ em exibição nos Pontos MIS
Quinta-feira (13)
20h
Sala Municipal de Projeção
Complexo Cultural Braz Alécio
Avenida Sampaio Vidal, 245 (piso superior)
Classificação: 16 anos
Entrada gratuita

(Arte: Divulgação)
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