Marília

Nebulosidade, poluição e chuva não impedem registro do eclipse

Registro de telescópio de Valter Eugenio Saia, astrônomo amador, em Lácio (Foto: Valter Eugenio Saia)

A quarta-feira (2) se despediu de Marília com céu escuro, poluição no ar e chuvisco. Mas, as condições climáticas não impediram alguns registros do eclipse solar no final de tarde. O fenômeno foi observado em uma estreita faixa do hemisfério sul, que contemplou estados do sul, sudeste e centro-oeste brasileiro.

Preparado com seu telescópico, o astrônomo amador mariliense Valter Eugenio Saia, de Lácio, garantiu várias fotos com e sem filtro – recurso usado no próprio equipamento de observação – com detalhes impressionantes. As lentes do ambientalista, zootecnista aposentado, captaram inclusive as manchas solares.

Em Marília, só os observadores mais atentos e melhores equipados registraram. “Estávamos todos prontos, telescópio e câmera no lugar, mas aí começou a chover”, relatou Saia. Ele conta que quase desistiu da observação até que, de repente, um “buraco no céu” se abriu.

“Foi a oportunidade única para as fotos. Essas primeiras imagens, com o céu avermelhado, foram capturadas sem nenhum filtro. Foi a atmosfera que ‘fez o trabalho’, devido à fuligem e às nuvens, gerando essa coloração”, explicou o astrônomo amador.

Detalhes das manchas solares (Foto: Valter Eugenio Saia)

As fotos vermelhas, que Saia destaca por serem 100% naturais, mostram como o céu ficou tingido pela fumaça e a chuva, criando um efeito que permitiu inclusive a observação segura do eclipse.

“Normalmente, não se pode olhar diretamente para o sol sem proteção, muito menos através de um telescópio, mas as condições climáticas criaram um filtro natural, o que infelizmente temos que lamentar, porque é também resultado da poluição”, esclareceu.

Além das fotos com total transparência, Saia também capturou imagens utilizando seu telescópio com filtro, registrando impressionantes manchas solares. “As fotos amarelas/esverdeadas, que mostram essas manchas, foram feitas com o filtro do telescópio, o mesmo tipo usado para observar eclipses com segurança”, detalhou.

O eclipse, que ocorreu próximo ao pôr do sol, foi visto de forma anular em algumas partes do mundo, criando o chamado “anel de fogo”.

Nebulosidade e poluição da atmosfera ‘alteram’ a capacidade de captura do fenômeno (Foto: Valter Eugenio Saia)

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Carlos Rodrigues

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