Marília

Nardi diz que Levi Gomes é mentiroso compulsivo

Luiz Eduardo Nardi (Podemos) faz parte da oposição ao governo municipal (Foto: Arquivo)

O vereador Luiz Eduardo Nardi (Podemos) afirmou que o secretário da Fazenda de Marília, Levi Gomes, “mente compulsivamente”. Eles são antigos desafetos e inclusive se enfrentam na Justiça em ação de danos morais.

A resposta de Nardi vem após Levi culpá-lo por Marília ter perdido uma oportunidade de financiamento de R$ 4,4 milhões em máquinas e caminhões por meio do Banco do Brasil.

O secretário da fazenda pediu que a Câmara votasse com urgência, ainda na semana passada, um projeto de lei autorizando a contratação do empréstimo com juros considerados vantajosos ao poder público.

Nesta segunda-feira (22), em uma live – transmissão ao vivo pela internet – através das redes sociais da Câmara, Levi afirmou que Nardi era o único parlamentar que se recusou a assinar a dispensa de prazo de emendas.

Segundo a versão de Levi, na sexta-feira (19) a instituição financeira extinguiu a linha de crédito, mas se não fosse a atitude do vereador teria sido possível contratá-la a tempo.

Nardi

Ao ser questionado pelo Marília Notícia sobre os ataques de Levi, Nardi argumentou que mesmo com a aprovação ainda na semana passada, não haveria tempo hábil para que a Prefeitura conquistasse o financiamento.

“O projeto chegou na Câmara e a mim foi pedido que desistisse de prazo de emenda, que assinasse isso, assinasse aquilo. Eu realmente tenho o princípio de ler o projeto, se tiver dúvidas eu perguntou, não sou de me manifestar assim de uma maneira tão apressada”, comentou Nardi.

Ele teria assinado a dispensa do prazo de emendas no decorrer da semana, mas a votação também dependeria dos pareceres de comissões internas.

De acordo com o vereador do Podemos “quando você tem um projeto para fazer um convênio desta natureza, tem todo um rito, um trâmite”.

Secretário da Fazenda, Levi Gomes (Foto: Divulgação)

“Suponhamos que tudo isso tivesse ocorrido e que o projeto fosse aprovado na segunda-feira passada (15)”, disse Levi. Depois de alguns dias, o “pessoal do Planejamento Econômico teria que enviar para a Secretaria do Tesouro Nacional toda a documentação”.

Segundo Nardi, seria necessário ao menos um mês para análise do órgão da União antes da assinatura dom o Banco do Brasil.

Além disso, o município precisaria fazer uma licitação para compra dos bens pretendidos, o que poderia levar até mesmo alguns meses, de acordo com o vereador.

“A lei eleitoral estabelece que qualquer repasse para contratos novos após licitação, só pode ser feito o primeiro pagamento feito até 4 de julho. Com aprovação ou sem, ficaria para o próximo ano, não daria tempo”, argumentou o vereador.

Bode expiatório

Levi, segundo o parlamentar, teria agido para “dar um passa moleque no vereador Galete (PSDB)” e agora procura “um bode expiatório”.

Galete, com eleitorado ligado à zona rural, e recém-filiado ao partido do prefeito Daniel Alonso (PSDB), e era um dos defensores do financiamento para compra de máquinas utilizadas na manutenção de estradas de terra.

“Este cidadão [Levi] é useiro e vezeiro [de mentiras]. Com este cidadão eu converso no Fórum, onde tenho ações correndo contra ele”, finalizou Nardi. “Ele mente compulsivamente”.

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

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