Marília

Mortalidade infantil cai 15% neste ano em Marília

Mortalidade infantil cai 15% neste ano em Marília; indicador é o menor da história. (Foto: Júlio César de Carlis)

O ano termina com uma redução histórica na mortalidade infantil em Marília. Dados da Secretaria Municipal da Saúde indicam que o número absoluto teve redução de 15%, na comparação com 2016.

O coeficiente é calculado com base no total de nascimentos e nos óbitos de crianças no primeiro ano de vida. Pela primeira vez desde que é acompanhada, a taxa ficou em 9,9 a cada mil nascidos vivos; no ano passado indicador fechou em 11,47.

Conforme o Núcleo de Informação, setor que acompanha as estatísticas da Saúde, a cidade de Marília somou 29 óbitos infantis em 2017, ante a 34 no ano anterior. A variação da série histórica dos seis anos anteriores indicam 41 em 2012, queda para 30 em 2013, aumento para 40 em 2014 e redução para 32 no ano seguinte.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza, como meta, taxas inferiores a 10 óbitos/mil nascidos vivos, índice mais comum apenas nos países desenvolvidos. O indicador alcançado por Marília em 2017 está acima da média histórica regional, do Estado e do País.

A secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana, que é mestre em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) explica que a mortalidade infantil reflete as condições socioeconômicas de uma determinada população.

Realização de pré-natal, alimentação, condições sanitárias e de moradia, acesso a tratamentos preventivos, entre outros, estão relacionados. Em geral, avanços no desenvolvimento econômico e na Educação tendem a reduzir mortalidade infantil.

“Nosso desejo é que esse número fosse zero, o que seria estatisticamente improvável uma vez que existem causas inevitáveis. Mas sabemos, porém, que existem muitas causas evitáveis de mortalidade. Isso significa que os esforços precisam ser intensificados, para que a curva de redução não pare e vidas possam ser salvas”, destacou Kátia.

O médico ginecologista, ex-secretário municipal da Saúde e integrante do Comitê Regional de Controle da Mortalidade Infantil e Materna, Luiz Takano, reforça a preocupação da secretária de que é possível reduzir os indicadores. No caso dos bebês, a prematuridade e outras complicações relacionadas à condição de saúde da mãe estão entre as principais causas.

“A Atenção Básica (rede de unidades de saúde) tem um papel muito importante, por conta do pré-natal. De forma geral, vemos o fortalecimento dessa rede, mais informação entre os usuários e apesar de a nossa cidade ter experimentado uma expansão muito rápida, com novos bairros, há um esforço do Poder Público em ofertar serviços de saúde em todos os níveis de atenção”, destacou o médico ginecologista.

Amanda Brandão

Recent Posts

Resultados do Enamed e do Revalida serão divulgados na próxima semana

Os resultados do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) 2025 e da 1ª…

11 horas ago

Saques na poupança superam depósitos em R$ 2,85 bilhões em novembro

As retiradas em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$…

12 horas ago

Quase 20% da população de favelas vivem em vias onde não passam carros

Para 3,1 milhões de moradores de favelas brasileiras, a chegada de uma ambulância na porta…

12 horas ago

Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ

Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…

13 horas ago

Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte

Dois homens armados invadiram uma casa na tarde desta quinta-feira (4), no bairro Maracá III,…

14 horas ago

Homem em situação de rua bate no rosto e rouba pedestre no Centro de Marília

Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (4) após…

14 horas ago

This website uses cookies.