Câmara Municipal tem agora grupos governista e de oposição mais definidos (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)
O fechamento da janela partidária – 180 dias antes das eleições de outubro – definiu alianças para a corrida à Prefeitura de Marília dentro da Câmara e deixou as bancadas governista e de oposição mais alinhadas aos grupos políticos que devem predominar nas urnas. Metade dos vereadores mudaram de partido.
Em sinal claro da polarização entre o grupo do ex-prefeito Abelardo Camarinha (Podemos) e Daniel Alonso (PSDB), os dois partidos foram os que mais somaram nomes.
Os tucanos agora têm, formalmente, José Carlos Albuquerque (ex-PRB) e Evandro Galete, dissidente do partido conquistado por Camarinha. A sigla já contava com o Delegado Damasceno e José Luiz Queiroz.
Embora divergente do prefeito Daniel em vários pontos, a dupla tem demostrado reconhecimento ao “direito natural” do empresário disputar a reeleição.
O Podemos, de Camarinha, perdeu o governista Galete, como dito, mas recebeu os aliados de longa data Luiz Eduardo Nardi (ex-PR) e Marcos Custódio (que deixou o PSC).
Quem também se abrigou na legenda foi João do Bar, que viu seu PHS extinto por desempenho nacional insuficiente e acabou retido na cláusula de barreira.
A posição do comerciante, que ao longo dos três anos anteriores tentou se colar às obras do governo Daniel, passa a ser observada de perto pelo “dono” do Podemos, que vai cobrar lealdade.
Até aqui, a carta na manga de Daniel Alonso – pelo menos a primeira delas – foi a conquista do antigo PR (agora Partido Liberal), que está sob o comando de um de seus homens de confiança, Alysson Alex de Souza, ex-procurador do município e assessor do prefeito.
O partido é agora um abrigo governista mais seguro para a vereadora professora Daniela (que se manteve na legenda) e Cícero do Ceasa (ex-PT e PV).
A legenda a qual a filha de Daniel Alonso – Daniele Alonso – disputou mandato à Assembleia Legislativa, saiu do domínio do ex-deputado Milton Monti e está sob liderança do deputado federal Capitão Augusto, aliado do prefeito de Marília.
Além de Daniela, Damasceno e Queiroz, os vereadores Mário Coraíni Júnior (PTB), Danilo da Saúde (PSB) e Marcos Rezende (PSD) não se movimentaram.
Maurício Roberto (PP) também não mudou de partido, mas viu a legenda que variava de governista à independente, definir posição. O presidente do partido, Rogério Alexandre da Graça, antigo aliado de Camarinha, já declarou que o partido vai apoiar o Podemos para a Prefeitura.
As estruturas partidárias, com o fechamento da janela, apontam a formação mais delineada de dois núcleos políticos no Legislativo. O bloco PSDB/PR de um lado e o Podemos/PP/PSB de outro, apontando polarização nas eleições.
Vale lembrar que a disputa ao Legislativo não poderá ter coligações desta vez e a eleição para o Executivo deve contar com outros nomes, como por exemplo a anunciada dobradinha Juliano (PRTB) e Marcos Farto (PSL).
Janela
A janela, iniciada 30 dias antes do prazo final de filiação – 4 de abril – foi criada na reforma eleitoral de 2015. É uma maneira que os partidos encontraram para não incorrer em infidelidade partidária
Neste período, é possível migrar de legenda sem perder a cadeira e ainda ficar apto para a disputa, já que a Justiça Eleitoral exige que as pessoas que desejam se candidatar estejam filiadas no mesmo partido há pelo menos seis meses da eleição.
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