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Coronavírus: como não deixar o medo baixar a imunidade

O novo coronavírus está se espalhando pelo planeta e fazendo com que autoridades de todo o mundo orientem a população sobre medidas de prevenção da doença. Embora especialistas já tenham ressaltado que não há motivos para pânico e cientistas vêm trabalhando na contenção da covid-19, o medo pode ser uma reação das pessoas no momento de crise e precisa ser trabalhado.

De acordo com a médica especialista em nutrologia e terapia cognitiva Mariela Silveira, diretora do Centro Contemporâneo de Saúde e Bem-Estar Kurotel, esse sentimento deprime o sistema imunológico por razões neuroendócrinas, ou seja, pelo desencadeamento da produção de hormônios voltados para a defesa do corpo.

“Acabamos colocando mais adrenalina e cortisol [hormônio do estresse] em nossa corrente circulatória e isso diminui a resistência do organismo. Se essas substâncias são liberadas brevemente, sem problemas. Mas se mantemos o medo, mantemos o cortisol elevado, motivando problemas no corpo como a depressão do sistema imunológico. Isso nos deixa mais vulneráveis a pegar vírus e bactérias”, explica. “Controlar esses hormônios, no entanto, não são a fórmula de prevenção do coronavírus. É uma medida geral de saúde pública que, em momentos de crise, deve ser reforçada”, ressalta.

A afirmação de Mariela se encaixa na visão que alguns profissionais têm sobre a importância de agir positivamente diante da pandemia do coronavírus. Segundo a psicóloga Elaine Di Sarno, a covid-19 pode ser uma forma de o ser humano se colocar no lugar do outro e cultivar a empatia. “Neste momento difícil, precisamos demonstrar interesse genuíno nas preocupações, especialmente no que envolve os idosos e portadores de doenças que estão no grupo de risco do coronavírus”, diz ela.

Vivian Wolff, especialista na prática de meditação mindfulness, concorda. “Devemos avaliar a qualidade dos pensamentos que escolhemos cultivar. Lidamos com o momento difícil cultivando pensamentos de medo que nos enfraquecem ou pensamentos que nos fortalecem? Pessoas resilientes fogem de reclamação e justificativas e se apoiam no gerenciamento das emoções e solução dos problemas”, acredita.

Diante da importância de não deixar o medo e outras cargas emocionais negativas influenciarem o organismo, a médica Mariela Silveira dá algumas dicas para aumentar a imunidade. Vale ressaltar que as sugestões não são uma cartilha de prevenção total do coronavírus ou de cura, até porque as pesquisas científicas ainda estão em andamento. “Diante do surto, é importante destacar medidas preventivas de infecções no geral”, afirma a especialista.

Confira abaixo as sugestões.

Alivie o estresse

O acúmulo de tarefas e as rotinas cada vez mais estressantes contribuem para deixar a resposta do organismo comprometida, porque acelera o estresse e, assim, desencadeia mecanismos do medo, como a ativação do cortisol. Dessa forma, gerenciar as emoções e buscar estratégias para controlar e o estresse e a ansiedade contribuem para fortalecer a saúde. “Procure investir em atividades como ioga, meditação e mindfulness que ajudam a reduzir o cortisol e melhorar a imunidade”, aconselha a médica.

Ingira alimentos ricos em nutrientes

Isso ajuda a melhorar o funcionamento do organismo. Invista em frutas cítricas, oleaginosas, sementes e leguminosas, como feijão, lentilha e ervilha, que são fontes de zinco e são grandes aliadas da defesa do organismo. Procure comer sete porções de frutas, verduras e legumes (de preferência frescos e crus) todos os dias. Isso ajuda a diminuir as chances de contágio de doenças ao reforçar a imunidade.

Durma bem

Uma boa noite de sono é capaz de ajudar no aumento da imunidade. Procure dormir, se possível, de sete a oito horas por dia e preze por ambientes calmos e tranquilos. Evite utilizar eletrônicos – celulares, tablets e computadores – por, no mínimo, uma hora antes de dormir, pois esse hábito desperta.

Faça exercícios

A prática regular de atividades físicas é essencial para manter a boa saúde e também ajuda a aumentar os níveis de imunidade. Opte por atividades físicas ao ar livre ou exercícios em casa para se proteger do coronavírus.

Não abuse do álcool

O excesso de bebida alcoólica pode deixar o sistema imunológico intoxicado e piorar a resistência.

Não fume

O cigarro deixa qualquer pessoa mais suscetível a qualquer infecção de vias aéreas superiores ou inferiores. Parar de fumar é uma medida que impacta diretamente na melhora da imunidade e da saúde em geral.

Agência Estado

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