Marília

Marília terá primeira associação para promover maconha medicinal

Evento recente na cidade reuniu ativistas, autoridades científicas e apoiadores da causa (Foto: Cláudia Marin / Arquivo Pessoal)

Evento marcado para o próximo dia 07 de fevereiro, no auditório da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), pretende oficializar a primeira associação do Estado de São Paulo voltada à divulgação e apoio às famílias e pacientes com indicação de maconha medicinal.

Apenas duas crianças e um idoso, em Marília, estão respaldados por autorização legal para importar sementes, cultivar, colher, extrair e consumir o óleo da cannabis, visando tratamento de saúde. Em todo o país, são cerca de 50 decisões judicias que permitem a utilização.

Por sentir o drama na pele e atestar a eficácia do tratamento, as mães das duas crianças, primeiros pacientes tratados com a substância na cidade, devem assumir presidência e vice na nova entidade, que receberá o nome de Associação Cannabica em Defesa da Vida.

A autônoma Cláudia Marin é mãe do Matheus, de 12 anos. Ela conta que o filho foi diagnosticado com Epilepsia de Difícil Controle. Recentemente, descobriu que a doença foi causada por microdeleção no cromossomo, geralmente associada à uma condição rara.

Mães símbolos da luta pela cannabis em Marília: Nayara e Cláudia, com os filhos Letícia e Matheus (Foto: Cláudia Marin / Arquivo Pessoal)

“Alguém sabe o que é ver seu filho ter até 80 convulsões por dia? Foi o tratamento com medicamento importado, à base de cannabis, que melhorou a qualidade de vida dele. Foi uma luta muito grande; primeiro para conseguir o direito à importação, depois para fazer com que o SUS assumisse o fornecimento”, relembra Cláudia.

Acesso terapêutico

Os ativistas que organizam a associação querem que o caso de Matheus e da menina Letícia Mazini, já mostrado em reportagem do Marília Notícia, deixem de ser absoluta exceção no país. O objetivo é que mais famílias com essa necessidade e a devida indicação, tenham acesso à cannabis medicinal.

Matheus, segundo Cláudia, chegou a sofrer 80 convulsões por dia, antes do tratamento (Foto: Cláudia Marin / Arquivo Pessoal)

“Entendemos que é um direito, mas muita gente não sabe, não faz ideia de que é possível, de que pode cobrar das autoridades. Sabemos que essa terapia promove muitas melhorias na saúde, pode haver indicações em casos de câncer, doenças crônicas, fibromialgia, epilepsia, parkinson, alzheimer, mas as pessoas não sabem”, apontou Cláudia.

Ainda segundo a fundadora, que também participou da fundação da Associação Anjos Guerreiros – para informação e orientação a familiares de crianças com doenças raras – o grupo tem respaldo científico e vai receber, no encontro para formar a nova entidade, médicos e outros profissionais de saúde, incluindo farmacêutica especialista e até uma terapeuta cannábica.

Serviço

A assembleia de fundação da Associação Cannabica em Defesa da Vida acontece no dia 07 de fevereiro, às 19h30, no auditório da Famema, localizada à avenida Monte Carmelo, 800.

Carlos Rodrigues

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