Marília e região

Marília perde professora e historiadora Rosalina Tanuri

Professora e historiadora, Rosalina Tanuri, falecida nesta quarta-feira aos 94 anos (Foto: Câmara Municipal)

Marília perdeu na tarde desta quarta-feira (11) uma das principais testemunhas de sua história. Aos 94 anos, apenas dois a menos que a cidade em que tanto viveu e escreveu, morreu a professora e historiadora Rosalina Tanuri.

Nascida em Rincão, mas trazida a Marília ainda na primeira infância pela família, Rosalina descreveu a antiga “cidade menina” tornar-se uma senhorinha através de suas obras de referência historiográfica.

Publicou títulos indispensáveis como o conhecimento da cidade como “Marília, no Tempo e na Saudade” em 2001 e “Marília, chão do nosso amor”, em 2003, além de “Índios Kaigang ou Coroados”, onde retratou os nativos locais.

A última obra, “Marília, Feitos e Festas”, de 2015, organizada pela professora Lourdes Machado, reúne 90 artigos escritos ao longo de uma década por Rosalina, com seu jeito peculiar de contar suas histórias.

Rosalina Tanuri é cumprimentada em sessão solene em que recebeu título de Cidadã Mariliense, em 1996 (Foto: Câmara Municipal)

Rosalina também compartilhou seu vasto conhecimento sobre a história de Marília em sua crônica semanal publicada aos domingos na coluna Raízes, no extinto jornal Diário. Por ali contou trajetórias de entidades, personalidades e alguns “causos” dos bastidores da cidade.

Formada em Geografia com licenciatura em Administração, além de conhecimentos em Economia e Estatística, Rosalina lecionou por 25 anos na rede estadual de ensino e em colégios particulares da cidade.

Além de décadas dedicadas à Educação, compôs o primeiro governo municipal de Marília após a promulgação da Constituição de 1988, do ano seguinte a 1992, como secretária municipal da Cultura e Turismo.

Era membro honorária da Comissão de Registros Históricos da Câmara Municipal de Marília, do qual fez parte desde 1987. Do Legislativo, recebeu o título de cidadã mariliense, concedido em sessão solene em 1996.

Rosalina Tanuri recebeu sua última homenagem na quinta-feira da semana passada, na 38ª edição da Noite dos Pioneiros, promovida pela comissão. Já com a saúde debilitada, não pôde estar presente.

“Rosalina deixa um legado de dedicação, amizade e serviço, que marcou a história do nosso clube desde seus primeiros passos. Sua presença, sua força e seus valores continuarão a nos inspirar”, lamentou, em nota, o Rotary Clube Marília-Pioneiro, do qual a historiadora foi uma das fundadoras.

O corpo da historiadora é velado desde as 8h na sala 7 do Velório Municipal. O sepultamento está agendado para as 15h30 no Cemitério da Saudade. Viúva, Rosalina Tanuri deixa dois filhos e um legado histórico para Marília.

Rodrigo Viudes

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