Marília

Marília fica fora de crise brasileira da vacinação infantil

Em meio à pandemia de Covid-19, o índice de cobertura vacinal de alguns dos principais imunizantes obrigatórios para bebês despencou no país, alcançando as menores taxas em mais de 20 anos. Marília, contudo, está em situação menos grave do que a brasileira.

É o que mostram dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), tabulados pela agência Fiquem Sabendo no Datasus, portal de dados do Ministério da Saúde, e pela reportagem do Marília Notícia no caso da vacinação no município.

As informações mais recentes são referentes a 2020, já que os números deste ano ainda são parciais.

Em âmbito nacional, considerando as nove principais vacinas indicadas para crianças com menos de dois anos, nenhuma atingiu a meta federal de mais de 90% ou 95% do público vacinado no ano passado. Apenas uma (Pneumocócica) teve adesão superior a 80%.

Em Marília, por outro lado, três imunizantes tiveram cobertura abaixo de 95%. No caso da BCG, a cobertura entre marilienses foi de 87,21%; a vacina da Hepatite B para recém-nascidos chegou a 57,33% do público-alvo; e a da Hepatite A chegou a 92,08%.

Em relação à BCG e à Hepatite A, houve aumento da cobertura em relação a 2019, quando as parcelas do público-alvo imunizadas em Marília ficaram em 82,76% e 92,08%, respectivamente.

Já a situação da vacina contra Hepatite B é a mais preocupante no município, posto que pouco mais da metade dos recém-nascidos receberam o imunizante no ano passado. Em 2019 o índice era de 72,41%.

BRASIL

Foi a primeira vez em 27 anos que a cobertura da BCG, que protege contra a tuberculose, ficou abaixo de 80% em nível nacional. Em 2020, somente 73,8% do público-alvo se vacinou.

Situação semelhante aconteceu com a vacina contra a poliomielite, que teve apenas 75,97% das crianças imunizadas no ano passado em todo o país.

A adesão à tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, ficou abaixo de 80% pela primeira vez desde 2000 no Brasil.

Os índices acendem o alerta para o risco de ressurgimento de doenças já controladas ou erradicadas.

Com a queda na cobertura vacinal, o Ministério da Saúde iniciou no dia 1º de outubro uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes com menos de 15 anos para atualização da carteira de vacinação.

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

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