Marília

Marília aplicou 8,5 mil doses de lotes suspensos pela Anvisa

Levantamento feito junto aos microdados da vacinação contra a Covid-19 mostra que foram aplicadas, em Marília, mais 8,5 mil doses de lotes, que foram suspensos no último fim de semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No total, houve a suspensão do uso de 12,1 milhões de doses dos imunizantes, que foram produzidos em fábrica da Sinovac na China. O estabelecimento não passou por inspeção da agência brasileira, no entanto não há motivo para pânico por parte da população.

Autoridades do Estado de São Paulo informaram que foram aplicadas cerca de quatro milhões de doses dos referidos lotes, sem o registro de qualquer adversidade.

O Instituto Butantan, um dos responsáveis pela Coronavac, tem reforçado que a vacina é segura e os lotes passaram por controle de qualidade.

“A qualidade da vacina da Coronavac é incontestável”, declarou o governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo Paulista, nesta quarta-feira (8).

O secretário estadual da Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, reforçou a mensagem de Doria e garantiu que a população pode ficar “absolutamente tranquila” em relação à qualidade desse lote que foi mantido em suspenso pela Anvisa. “Todas os lotes e todas as doses passaram por um rígido controle de qualidade”, garantiu.

MONITORAMENTO

O Ministério da Saúde definiu na segunda-feira (6), em nota técnica, que as pessoas que tomaram doses de um dos 25 lotes interditados da Coronavac deverão ser monitoradas por 30 dias para a “avaliação de possíveis eventos adversos”.

O Governo Federal, porém, não detalhou no documento como será feita a vigilância. Ao Marília Notícia o secretário municipal da Saúde, Cassio Luiz Pinto Júnior, informou que aguarda orientações Vigilância Epidemiológica do Estado.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, afirmou não ver a necessidade de estratégia de monitoramento muito diferentes da que já é adotada, uma vez que a interdição por parte da Anvisa se deu por conta do envasamento das doses. “A vacina é a mesma”, reforça o infectologista.

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

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