Manjericão cresce muito mais forte com 3 cuidados que quase ninguém segue
Existe um erro comum entre os iniciantes: achar que o manjericão é uma planta “fácil” demais para dar trabalho. Mas o que muita gente ignora é que, sem os cuidados certos, ele pode crescer fraco, espigado e com folhas amargas. A boa notícia é que três cuidados simples — e pouco seguidos — fazem toda a diferença no crescimento dessa erva aromática que vai da horta ao prato com um aroma inconfundível.
O manjericão precisa de mais do que sol e rega para atingir seu potencial máximo. Os cuidados abaixo não apenas fortalecem a planta, mas também melhoram o sabor e prolongam seu ciclo de vida.
A maioria das pessoas tem medo de podar manjericão, achando que vai enfraquecer a planta. Mas o segredo é justamente o contrário: uma poda semanal, feita acima de um par de folhas, estimula o crescimento lateral, deixando o manjericão mais encorpado e cheio de galhos.
Quando você corta apenas a pontinha de um caule — onde estão as flores em formação ou as folhas mais jovens — está dizendo para a planta: “invista na base”. Isso ativa a produção de ramos secundários e impede que ele cresça alto e fino, o que geralmente enfraquece o pé com o tempo.
Outro cuidado subestimado é a forma de regar. O manjericão odeia folhas molhadas, especialmente no fim da tarde. Isso favorece o surgimento de fungos, como o míldio, que pode dizimar um vaso inteiro em poucos dias.
A dica de ouro é regar pela base: coloque a água no pratinho ou diretamente no substrato, sempre nas primeiras horas da manhã. Isso mantém a umidade ideal na raiz e protege as folhas, além de permitir que a planta absorva os nutrientes com mais eficiência.
Evite também substrato compactado ou sem drenagem. Se a água empoçar, o manjericão logo vai acusar com folhas amareladas e um aroma menos intenso.
Muita gente vai até o pé de manjericão e arranca uma folhinha aqui e outra ali, achando que isso é inofensivo. Só que, ao fazer isso, a planta não entende que precisa se renovar. O ideal é colher sempre pequenos ramos, com pelo menos três pares de folhas.
Essa prática “ensina” o manjericão a crescer mais forte, além de prolongar a vida útil da planta. Quanto mais você colhe corretamente, mais ele responde com vigor. E o melhor: o sabor das folhas novas tende a ser mais marcante e menos amargo.
Embora o manjericão goste de sol, ele não é imune a queimaduras. Em regiões muito quentes, o ideal é deixá-lo em local com sol filtrado por parte do dia, como uma varanda ou janela com tela.
Se a planta estiver em um vaso pequeno e sob sol forte o dia todo, é provável que as folhas comecem a murchar ou até queimem nas bordas. Nesses casos, trocar o vaso por um maior e com boa drenagem ajuda bastante, assim como adaptar o horário de exposição solar.
Ao contrário de outras ervas, o manjericão responde melhor à adubação orgânica leve e frequente. Um punhado de húmus de minhoca a cada 20 dias é mais eficaz do que uma adubação rica em nitrogênio, que deixa as folhas grandes, porém com menos aroma.
O segredo está no equilíbrio: nutrição sem exagero, rega inteligente e cortes regulares.
A soma desses cuidados evita o erro mais comum entre jardineiros iniciantes: deixar o manjericão crescer demais, florir e perder o sabor. Quando ele entra em floração — ou seja, quando surgem as pequenas flores brancas ou roxas — o ciclo da planta começa a se encerrar.
Portanto, o truque final é podar as flores assim que surgirem, redirecionando a energia da planta para a produção de folhas. Esse gesto simples pode prolongar por meses a vitalidade do seu manjericão, mantendo-o produtivo e saboroso.
Não é só uma planta de tempero. O manjericão, bem cuidado, vira protagonista da horta e da cozinha. Tudo começa com atenção nos detalhes que quase ninguém segue.
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