Encontro na manhã desta terça. (Foto: Divulgação)
Encontro na manhã desta terça (17) na sede da secretaria da Saúde marcou o início de uma série de ações que serão colocadas em prática para combater a leishmaniose em Marília.
Participaram da reunião o prefeito Daniel Alonso (PSDB), a secretária municipal da saúde, Kátia Ferraz Santana, secretário da educação Beto Cavallari, o coordenador de zoonoses Lupércio Garrido, supervisora da vigilância epidemiológica Alessandra Arrigoni Mosquini, representantes da Sucen, agentes de saúde e vereadores.
Como antecipou com exclusividade o Marília Notícia, um comunicado interno da Vigilância Epidemiológica, repassado para as unidades do começo do ano, alertava para a mudança da classificação do município de “transmissão esporádica” para “transmissão intensa” nos casos de leishmaniose visceral entre humanos a partir de 2017.
Durante a apresentação sobre a doença, o coordenador da zoonoses de Marília, Lupércio Garrido, enfatizou que os riscos são iminentes caso não existam políticas públicas imediatas.
Lupércio, que é médico veterinário, explicou que será fundamental que a administração da cidade estabeleça um cronograma de trabalho envolvendo a saúde, educação, meio ambiente e até assistência social.
“A guarda responsável dos animais e manutenção da higiene nas residências é fundamental, testes rápidos para diagnóstico da doença também será o diferencial nesse processo”, destacou.
Quanto as características da leishmaniose em humanos, a supervisora da vigilância epidemiológica, Alessandra Arrigoni Mosquini, esclareceu que a situação da doença na cidade é endêmica e que, caso não seja elaborada uma estratégia de combate e prevenção, poderemos chegar a uma epidemia.
Ainda sobre as ações imediatas, a supervisora acrescenta a importância do protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde, que prevê entre outras iniciativas, a vigilância e atenção aos pacientes, ações educativas e o manejo ambiental.
O prefeito Daniel Alonso acompanhou a reunião na integra, ouviu os esclarecimentos dos especialistas e assumiu o compromisso de apoiar as estratégias elaboradas pelo comitê que será formado a partir da reunião realizada na Secretaria da Saúde.
“A posse responsável de animais, paralelamente, à saúde pública são temas prioritários da nossa gestão”, disse.
Para o prefeito, “não é possível atuar sem conhecermos a realidade de cada família, oferecer informação e motivação para que possamos mudar hábitos nocivos a todos nós”.
Ele aponta ainda, a oportunidade que os moradores terão de repensar sua rotina e colaborar com um ambiente mais saudável.
“Tudo se resume ao cuidado com nosso quintal, nossa rua e, consequentemente com nossa cidade. E nesse contexto, inserimos também as práticas essenciais para garantir que a convivência com os animais de estimação seja benéfica. Precisamos ainda, estabelecer fiscalização constante sobre a criação de aves e porcos em área urbana. Para isso, buscaremos o apoio dos vereadores para elaborarmos uma legislação eficiente e atualizada”, disse Alonso.
Na sequência da agenda, serão realizadas outras reuniões. A próxima, no dia 20, contará com a presença dos secretários do meio ambiente, educação e assistência social para que sejam definidas as datas do início de uma campanha multidisciplinar que prevê envolvimento inclusive, das ONG´s de proteção animal.
Para a secretária da saúde, Kátia Ferraz Santana, esse primeiro encontro foi importante para “ajustarmos as arestas e alinharmos nossas intenções.
“A partir de agora, elaboradas as ações, buscaremos todas as maneiras de comunicação possíveis para que o trabalho de combate e conscientização alcance todas as regiões da cidade”, concluiu a secretária.
O coordenador da medicina veterinária da Unimar, por meio da Universidade e como Conselheiro Efetivo do CRMV-SP, Fábio Manhoso será um dos parceiros no projeto colocando à disposição da cidade a estrutura do hospital veterinário, assim como professores, residentes e alunos.
“Além da participação da Unimar, contaremos com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo que já acompanha a criação do código zoosanitário da cidade”.
Para o coordenador, “Marília será uma referência em saúde pública mostrando que o trabalho em equipe pode alterar a realidade e mobilizar a população em direção a uma vida com mais qualidade e saúde.”
Na próxima sexta-feira, dia 20, inicia-se a série de encontros para definição do início da campanha. Alguns pontos já foram considerados essenciais: mutirão de limpeza em quintais e terrenos, poda de árvores, destino adequado aos resíduos sólidos, controle e/ou erradicação das criações de aves, suínos e outros animais de produção em áreas urbanas.
Daniel disse que os moradores terão de repensar sua rotina. (Foto: Divulgação)
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