Polícia

Justiça marca julgamento de ex-policial acusado de homicídio em rodeio

Hamilton tinha 29 anos, uma filha de 10 anos e estava em um novo relacionamento (Foto: Redes Sociais)

A Justiça de Marília agendou para 5 de maio de 2026, a partir das 9h30, o julgamento do ex-soldado da Polícia Militar Moroni Siqueira Rosa, de 37 anos.

Ele é acusado de homicídio contra o técnico agrícola Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior, de 29, além de tentativa de homicídio por ferir outras duas pessoas durante um show em Lácio, distrito de Marília, durante um rodeio em 2024.

A decisão que marca a data do júri foi proferida pela juíza Josiane Patrícia Cabrini, da 1ª Vara Criminal de Marília, que também manteve a prisão preventiva do réu. Moroni permanece custodiado no Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista.

A magistrada considerou que ainda persistem os fundamentos que justificaram a prisão cautelar e determinou o júri por homicídio triplamente qualificado e duas tentativas de homicídio.

Moroni foi pronunciado — etapa que confirma sua submissão ao Tribunal do Júri — com as qualificadoras, no caso de Hamilton, de motivo torpe ou fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima.

As tentativas de homicídio se referem a um homem atingido no rosto e uma mulher ferida na perna esquerda. A denúncia sustenta que, ao disparar em meio à multidão, o policial assumiu o risco de matar outras pessoas.

A defesa tentou desclassificar as tentativas para lesão corporal culposa, mas o argumento não foi acolhido nesta fase.

Policial vira réu pelo homicídio de Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior (Foto: Divulgação)

Relembre o caso

O crime ocorreu no fim de agosto de 2024, na arena montada para o rodeio no distrito de Lácio, durante show da cantora Lauana Prado. O local estava lotado.

Moroni, que estava de folga, consumia bebida alcoólica e portava sua arma funcional, uma pistola Glock .40 pertencente à corporação. Segundo testemunhas, a discussão foi breve, iniciada possivelmente por um esbarrão ou conversa entre as companheiras dos envolvidos.

Ainda conforme os relatos, o policial deu um tapa em Hamilton, que revidou com um soco e o derrubou. Ao se levantar, Moroni teria empurrado a vítima e sacado a arma.

De acordo com a denúncia, ele disparou três vezes de frente contra Hamilton e, na sequência, efetuou outros três disparos pelas costas, quando o jovem tentava fugir, provocando sua morte.

O soldado já havia sido alvo de processo disciplinar na Corregedoria da Polícia Militar e foi demitido da corporação.

Com o júri marcado, o processo entra em fase final. No julgamento, um corpo de jurados decidirá sobre autoria, materialidade e qualificadoras. A partir dessas decisões, o juiz fixará a pena.

Carlos Rodrigues

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