Marília

Justiça decreta prisão de empresários por sonegação

A Justiça Federal em Marília determinou a prisão dos empresários Carla Pavarini e Odisnei Pavarini, condenados a cinco anos e três meses de reclusão, em regime semiaberto, além de multa, pela prática de crimes de sonegação de mais de R$ 11 milhões em tributos federais.

Os dois continuaram em liberdade por conta do julgamento de recursos, mas, em fevereiro deste ano, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Joel Ilan Paciornik aceitou o pedido do Ministério Público Federal, determinando o início da execução provisória das penas.

A execução da sentença foi requerida ao STJ pelo subprocurador-geral da República Nívio de Freitas Silva Filho, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal de que é possível que a pena comece a ser cumprida após decisão condenatória confirmada em segunda instância.

O juiz Federal Luiz Antonio Ribeiro Marins reconheceu ainda a prescrição da pretensão punitiva em relação a Eliseu Pavarini, que também participou da sonegação fiscal.

A Polícia Federal comunicou ao MPF que realizou diligência nos endereços de Carla Pavarini e Odisnei Pavarini, mas seus agentes foram informados de que eles estavam viajando.

ENTENDA O CASO

Segundo comunicado do MPF, no período de 1997 a 2000, os três empresários Carla Pavari, Odisnei Pavarini e Eliseu Pavarini – sócios-proprietários e administradores da empresa O.E.R. Terraplanagem Saneamento e Obras Ltda. – suprimiram tributos devidos à Receita Federal, apresentando informações falsas às autoridades fiscais.

A denúncia do MPF revelou que os réus utilizaram notas fiscais fictícias de locação de máquinas, tratores e equipamentos de terraplanagem e retroescavadeiras, com o objetivo de reduzir o lucro líquido do período e, assim, pagar menos impostos.

As notas fiscais traziam o nome da empresa Noroeste Equipamentos, Transporte e Terraplanagem Ltda. de Araçatuba, como locadora dos equipamentos.

Entretanto, diligências realizadas pela Delegacia da Receita Federal em Araçatuba constataram que tal companhia jamais existiu.

“A empresa Noroeste funcionava apenas no papel, ou seja, não tinha existência física e nem possuía os bens objetos do pretenso aluguel”, informou a decisão judicial de 2011.

De acordo com o MPF, em valores de 2007, os empresários deixaram de recolher aos cofres públicos mais de R$ 11 milhões.

Leia a íntegra das decisões da Justiça Federal e do STJ. O número do processo é 0003404-88.2010.403.6111. Para consultar a tramitação, acesse http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/.

Marília Notícia

Recent Posts

Resultados do Enamed e do Revalida serão divulgados na próxima semana

Os resultados do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) 2025 e da 1ª…

9 horas ago

Saques na poupança superam depósitos em R$ 2,85 bilhões em novembro

As retiradas em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$…

9 horas ago

Quase 20% da população de favelas vivem em vias onde não passam carros

Para 3,1 milhões de moradores de favelas brasileiras, a chegada de uma ambulância na porta…

9 horas ago

Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ

Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…

11 horas ago

Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte

Dois homens armados invadiram uma casa na tarde desta quinta-feira (4), no bairro Maracá III,…

12 horas ago

Homem em situação de rua bate no rosto e rouba pedestre no Centro de Marília

Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (4) após…

12 horas ago

This website uses cookies.